domingo, março 23, 2008

Almoço de família


Boas! A pedido persistente dos meus milhares de fãs…Vá…a pedido dos meus muitos…Bom…alguns fãs me…Na verdade, pedi aos meus raros fãs que me deixassem expor uma vez mais uma opinião bastante íntima a propósito dum assunto, mais uma vez, delicado. Ambos esses fãs…que na verdade são dois grandes amigos meus…imaginários…disseram que por eles estava tudo bem que eu escrevesse mais uma vez neste fantástico blog, desde que não falasse da relação que os três mantemos.
Tendo autorização concedida, decidi escrever sobre um assunto que está bastante (adoro a palavra “bastante”…lembra-me a palavra “abastado” e é coisa que não sou, é apenas um adjectivo que utilizo para me auto-qualificar quando tento cativar a atenção de amigas minhas…prostitutas, vá…) presente na actualidade e que tomei especial atenção esta tarde. Não, não vou falar em conhecidos meus (sim, tenho falta de amigos) que chegam da viagem de finalistas a dizerem que fizeram isto ou aquilo, nem irei referir os meus dejectos desta manhã após ter ingerido grandes doses de ovos da Páscoa na noite de ontem. Vou falar, isso sim, dum episódio bastante (cá está a palavra outra vez) bizarro, mas mesmo assim comum, desenrolado no GRANDE almoço de família pascal (espero que a palavra “pascal” tenha alguma coisa a ver com Páscoa, caso não tenha foi mal empregue na minha, modéstia aparte, muitíssimo bem estruturada frase.).
Visto já estar saturado de utilizar parênteses (que odeio), vou passar ao relato escrito do episódio que aconteceu durante almoço de hoje:


(melodia irritante)

Mãe: Oh mãe (a mãe da minha mãe é a minha avó, descobri ontem…raios partam os parênteses), não ouve o telemóvel tocar?
Avó: Ai…com este barulho como é que queres que oiça?

(a avó vai buscar o telemóvel ao bolso do casaco)

Avó: Ai pá, esqueci-me dos óculos, vê lá se consegues ler quem é.
Mãe: É a Fatinha!
Avó: Fatinha? Mas qual Fatinha?! A que lhe morreu o marido na semana passada?
Avô (sabiamente): Como é que queres que ela saiba se tu é que meteste o nome no telefone? (o meu avô tem problemas em utilizar a palavra “telemóvel”)
Mãe: Então mas de quem tinha morrido o marido na semana passada não tinha sido da Manela?
Avó: Da Manela? Quem dera à Manela que o marido lhe tivesse morrido. Podia ir prá cama com o outro sem o marido a desconfiar dela…
Mãe: Então mas atenda lá pra ver quem é!
Avó: …se bem que o marido também não é jóia-cara. Anda aí metido em viagens e deixa-a a tratar dos filhos!
Mãe: Dos filhos? Quais filhos? Então mas não era essa que dizia que filhos eram prás p**** que não usavam preservativo?!
Avó: Ai, tu também parece que confundes tudo! Essa era a Paula!...ou era a Manela?
Avô: A Paula é a que fugiu com o irmão pró estrangeiro! Então não atendes o telefone?
Avó: Gaita! (na verdade, foi utilizada outra palavra menos digna deste blog) Onde é que se carrega?
Avô: É no botão verde!
Avó: Então mas se eu não consigo ver o nome de quem me tá a ligar, vou lá conseguir ver qual é o botão verde! Tu também…
Avô: Não consegues ver, trouxesses os óculos! Paguei eu um dinheirão prá armação e nem os usas!

(A melodia irritante termina, anunciando assim o final da tentativa de chamada da “Fatinha”)

Avó( para o avô): Ah, olha pra isso! Já te sujaste todo com o marisco! (na verdade eram tremoços, mas quis dar a parecer que venho de famílias de grandes posses económicas) Dei-te a camisa nos anos e já tá assim toda cheia de nódoas!
Avô: Quem me ofereceu esta camisa não foste tu, foi o Chico!
Avó: Foi o Chico?! Mas achas que esse ladrão tem dinheiro pra comprar uma camisa destas?
Mãe: Não fale assim do seu filho, mãe! Olhe que ele também é meu irmão!
Avó: Mas não é esse Chico, o meu filho é um doce de rapaz…Quando é que ele vem lá da terra?
Avô: O Chico não é nenhum ladrão, ainda no outro dia fui caçar com ele!
Avó: É ladrão ele e a mulher! Alcoviteira dum raio manda os filhos virem-me roubar os limões à limoeira!
Avô: Mas nós nem temos limoeira, é laranjeira!
Avó: Ai a minha cabeça…

(passam 3 minutos. O telemóvel da avó toca.)

Avó (para a minha mãe): Vê lá agora quem é!
Mãe: É o João, marido da Fatinha…
Avó: Então mas esse não tinha morrido na semana passada?!
Mãe: Não, quem morreu foi o marido da Manela!
Avó: A Manela é que é uma jóia de pessoa!...…



Neste momento, fiquei confuso e decidi prestar mais atenção à erecção que se formava nas minhas calças devido a uma rapariga que tinha entrado no restaurante. A minha outra avó já perguntava porque é que a estava a pisar, mas nem dei conta que a erecção já tinha chegado à primeira fase. Sim, a minha erecção cresce para baixo…
O importante é que, ao menos, com este almoço passei a saber o seguinte:
- A Fatinha e o respectivo marido são simpáticos por terem ligado à minha avó a desejarem uma boa Páscoa;
- A Paula fugiu com o irmão para o estrangeiro;
- O meu avô comprou uma armação para os óculos da minha avó;
- O Chico caçador ofereceu uma camisa ao meu avô, e é também um bandido;
- A mulher do Chico também é uma bandida, assim como os filhos;
- O Chico (meu tio) é um doce de rapaz;
- A minha avó tem uma laranjeira;
- A Manela pensa que filhos são para as prostitutas que não compram preservativos, no entanto, ao que consta, ela tem filhos;- O Marido da Manela morreu na semana passada e era um vadio;
- A Manela também é uma vadia...ou é uma jóia de pessoa?!


AGRADECIMENTOS: Obrigado a Jesus Cristo por não se ter conformado com o facto de estar morto e, assim, ressuscitar, dando dessa forma oportunidade de haver Páscoa e, consequência disso, almoços de família…e férias.
Aviso: Os nomes das personagens envolvidas são fictícios, assim como o telefonema…ou o telefonema aconteceu mesmo?! Morram com esta dúvida!! Muahahahahahah!!!PS: Quem conheça a Manela por favor contacte-me com o fim de me esclarecer se a senhora em causa é uma vadia ou uma jóia de pessoa! Cumprimentos aos pais.

quarta-feira, março 05, 2008

"Fazer amor"


Boas! Incansáveis simpatizantes e adeptos do meu honorífico blog, trago-vos hoje uma postagem que debaterá um pouco um tema que me vem atormentando noite após noite nestes últimos anos. Aviso desde já que esta postagem não é aconselhável a pessoas embriagadas ou ainda a pessoas que tenham problemas com substâncias psicotrópicas (não sei bem porquê, mas esta postagem não é, de facto, aconselhável a essas pessoas, até porque trazem má clientela a este requintado local de discussão de assuntos de extrema importância). O texto de hoje fala sobre um pouco de tudo, mas fala, principalmente, sobre...nada. Este texto não fala absolutamente de nada, mas creio que vale a pena lerem-no.



Dizem que a nossa primeira vez nunca se esquece. Eu não sou excepção. Lembro-me da minha primeira vez como se fosse ontem, (não, não vou utilizar esta expressão para fazer uma piada fácil dizendo que a minha primeira vez foi ontem. Na verdade, tenho bastante orgulho em poder dizer que já passaram, no mínimo, duas semanas!) tinha eu vindo duma discoteca com uma holandesa debaixo do braço, quando nos enfiámos debaixo dos lençóis. Dizem também que o que é bom dura pouco, pelo que tenho orgulho em dizer que despachei o serviço em menos de dois minutos, sendo que um foi apenas para colocar o contraceptivo de maneira adequada. No final da relação, paguei-lhe o prometido e ela partiu.
Muitos dos meus amigos perderam a virgindade na mesma altura que eu, apenas com 18 anos ("apenas", sim, eu sei que me precipitei um pouco...), pelo que pensamos muitas vezes que devíamos era ter esperado pela mulher certa. Sinceramente nunca percebi bem o que seria isso da mulher certa, pelo que decidi perguntar ao meu pai.

Eu - Pai! Entraste tão de repente do quarto...
Pai - Então filho, o que fazes com esses lenços de papel todos em cima da cama?
Eu - Ah, pai...tou constipado...estas diferenças de temperatura são lixadas...
Pai - Parece que estas manchas brancas na coberta insistem em não sair...
Eu - Sim papá, já aconselhei a mãe a pôr para a lavagem a seco...
Pai - Filho, que zumbido é esse que vem debaixo dos cobertores?!
Eu - Zumbido?! Pai, endoideceste?! Olha...hmmm...pai...tenho uma pergunta muito importante para te fazer!
Pai - Sim, meu súbdito?
Eu - Pai...como é que é a mulher certa?...
Pai - Abre a página 37 dessa revista que tens aí em baixo dos lençóis e vê o poster desdobrável. Essa é a mulher certa!

É nisto que tenho orgulho no meu pai! Sabe sempre o que é que se passa na minha cabeça!...em ambas... De certa forma sempre me identifiquei com o meu pai, há quem diga até que somos bastantes parecidos. A minha mãe, por exemplo, está sempre a fazer-me ver isso: "És mesmo igual ao teu pai!" (diz isto principalmente quando deixo a tampa da sanita aberta depois de a usar, quando não puxo o autoclismo ou quando deixo o lavatório cheio de pelinhos depois de fazer a barba).
Bom, mas voltemos ao assunto principal. Há pessoas que me perguntam "Então, já fodeste?", outras perguntam-me, mais discretamente, "Então, já molhaste o pincel?", há ainda outras que optam pelo simples "Já praticaste o acto sexual/já fizeste sexo?", e, finalmente, há aquelas que mais comichão me fazem:
- "Então, já fizeste amor?"
Se já fiz amor?!?! Sei lá se já fiz amor, para mim o amor é um sentimento, não uma actividade de lazer...para mim essa pergunta é tão estúpida como "Então, já fizeste alegria?". Acho bastante parva a expressão "fazer amor" na medida em que sinto que o "amor" se anda a meter onde não é chamado. E temo que o "sexo" queira a sua vingançazinha, vingança essa que considero justa, visto o egocentrismo do "amor". Passo-me a explicar: Visto este câmbio da palavra "sexo" por "amor", temo que o "sexo" também se comece a meter nos lugares onde se meteria o "amor". Dou um exemplo: Com esta tendência, daqui a alguns anos vejo os padres, quando estão a juntar em matrimónio duas almas penadas, a dizerem "Tu, Hugo Pinto, aceitas sexualizar (por exemplo) Sylvia Saint na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte vos separe?" Ao que eu responderei: Sim, senhor superior, se quiser sexualizo-a já aqui em cima do altar para ter o consentimento de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo.
Com esta nova tendência o mundo inteiro iria sofrer uma mutação enorme: Por exemplo, o povo cigano, sobretudo as mulheres, teriam de mandar mudar as suas tatuagens de "amor de mãe" para "sexo de mãe"...ou "de pai", sempre poderia ficar melhor...lésbicas não aturo eu...
Outro exemplo seria no preenchimento de fichas de inscrições ou derivados: Nome: Hugo Pinto; Idade: 18; Amor: Masculino. Amor masculino? desculpem dizer isto mas não me sinto à vontade a escrever isto, sinto-me um bocado abixanado! O meu amor provém essencialmente, pelo menos na maior parte das vezes, do sexo feminino! (note-se que não sou nada homofóbico, apenas detesto homossexuais!)
Com esta expressão, "fazer amor", sinto-me um selvagem quando dou por mim a fazer apenas sexo, sinto que estou a enaltecer o meu instinto animal...e já chega de ser possuído por esse meu instinto às refeições...estou farto de comer ração numa tigela de metal duas vezes por dia!
Enfim, sinto-me um porco sujo só de pensar que faço sexo em vez de amor...ah, também me sinto um porco sujo porque não tomo banho.
Esta expressão vai-me baralhar as ideias, principalmente na altura do sexo, e tenho receio que isso interfira na minha vida sexual! Imagino uma cena do tipo:

Eu - Então querida, estás a gostar de fazer sexo comigo hoje? 'Tou uma bomba não 'tou?
Ela - Sexo? Oh querido eu disse-te que hoje não queria sexo! Não disseste que desta vez íamos fazer amor?
Eu - Oh querida, mas ainda o mês passado fizemos amor!
Ela - Então olha, se não é amor acabou-se a papa doce!

Para terminar queria deixar uma dúvida para quem se der ao trabalho de me responder...quando vamos a uma prostituta...fica mais caro fazer amor ou sexo? Não que eu esteja interessado, claro, mas é que tenho um amigo que queria saber...


AGRADECIMENTOS: Esta postagem é dedicada a todos aqueles que detestam a expressão "fazer amor", assim como a todos aqueles que adoram fazer sexo e se sentem satisfeitos com o cheiro a suor misturado com flúidos, que se sente após o acto sexual. Cumprimentos aos pais.