sexta-feira, novembro 27, 2009

TOP 5 - Actrizes pornográficas favoritas do Hugo


Boas! Afectuosos fãs ou repulsivos visitantes do meu carismático blog, sejam muito bem-vindos a mais uma postagem do Hugo. Bem sei que as saudades já apertavam, mas voltei e penso que, modéstia aparte, em grande.

Há algumas pessoas que me dizem:
- Hugo, nunca pensei que descesses tão baixo…

Para provar a essas pessoas que consigo descer AINDA MAIS baixo, aqui está a minha postagem de hoje. ALERTA: Esta postagem vai mudar a vida de muitas pessoas, principalmente homens, por isso quero desde já avisar que não me responsabilizo se alguém mudar o rumo da sua vida devido ao que se segue.

Hoje, na rubrica “TOP 5” temos……..








(o que será? O QUE SERÁ?!)




Hoje, no Hugo’s Point temos…O TOP 5 ACTRIZES PORNO FAVORITAS DO HUGO!!!!
Não é fantástico? É, claro que é.
Aviso que muitos homens não estão preparados para o que vão ver a seguir, e está provado cientificamente que 99,9% dos homens que vêem esta postagem sentem uma vontade incontrolável de se masturbarem logo no seu final.
Mas deixemo-nos de tretas e passemos ao que realmente interessa. Em contagem decrescente



5º lugar – Taylor Rain

Taylor Rain, Californiana, encontra-se num modesto 5º lugar das preferências masturbatómicas (palavra que pretendo que passe a ser utilizada pelo mundo inteiro) do Hugo. A especialidade desta jovem de agora (2009) 28 anos é o sexo anal. Possui uma grande elasticidade na zona glútea, mas revela algumas lacunas na execução de sexo oral.

4º lugar – Lanny Barbie

A um lugar do pódio encontramos a veterana Lanny Barbie, Canadiana. Esta sedutora mulherona de extensos cabelos pretos e pele morena pode ser encontrada em diversos vídeos por essa internet fora. A maior referência da estrela do Canadá são os seus volumosos seios com os quais executa jogos malabares muito para além do imaginável. A sua especialidade, devido aos seus aprazíveis seios, é o “Titfuck”, vulgarmente conhecido por espanholada.

3º lugar – Isabella Soprano

Já no pódio encontramos Isabella Soprano, nascida em New Hampshire, nos E.U.A., da mesma idade que a anteriormente referida Taylor Rain. Muitos poderão reconhecê-la do programa recentemente passado na Sic Radical e, posteriormente, Sic genérica, “O rancho das coelhinhas”. Esta é uma jovem bastante versátil, com apontamentos interessantes em todas as áreas sexuais. Muda frequentemente de visual, sendo que o preferido de Hugo é com o seu cabelo liso, comprido.

2º lugar – Naomi Russel

Atenção homens! Apenas não meti esta senhora em primeiro lugar por respeito a quem o ocupa. Porque isto não é uma mulher, é uma máquina de fazer sexo. Com uns glúteos de tamanho (que não é visível na sua plenitude na imagem)e poder de sedução raros, esta espanhola possui uma característica única que a torna genuína no mundo da pornografia. Naomi faz com frequência uns movimentos com os seus glúteos no decorrer do acto sexual que sugiro a sua visualização, pois é algo que jamais verão em toda a vossa vida. Recomenda-se fortemente. O único senão da espanhola Naomi sãos os seus seios de tamanho bastante reduzido, mas que é largamente compensado pelas suas nádegas e determinação.

1º lugar, medalha de ouro – Silvia Saint. A SENHORA Silvia Saint.

Silvia Saint é tudo o que um homem pode querer, mesmo os que não gostam de loiras, como é o meu caso. É uma Barbie real, com tudo o que há de bom neste mundo. A maturidade (33 anos) não a impede de ser cabeça de cartaz em inúmeros eventos e a fantasia sexual mais recorrente de Hugo. A especialidade da checa é o “Interracial”, sem tradução, que é a prática sexual entre uma caucasiana e indivíduos de raça negra. Uma senhora.


Para quem me está neste momento da postagem a chamar “nojento” ou “porco” ou algo do género, reparem que eu posso ter escrito isto, mas vocês leram-no até ao fim. No fundo somos todos boas pessoas.
Não me vou alongar mais no texto, apenas vão masturbar-se. é suficientemente bem

segunda-feira, novembro 16, 2009

Trauma de cinema


Ontem fui ao cinema.

Nada de anormal? Esperem.

Ontem fui ao cinema e comprei pipocas.

Ainda nada de normal? Não me chateiem, ninguém disse que este post iria ter algo de especial.

O que aconteceu é que não percebo como é que alguém um dia acordou, abriu a janela do quarto, ouviu os passarinhos a cantar, olhou para o céu e gritou "JÁ SEI! E SE EU TORNASSE MODA COMER PIPOCAS DURANTE O DESENROLAR DO FILME NO CINEMA?!"

Esta pessoa, era atirá-la ao vale dos ursos ali no jardim zoológico com duas colmeias cheias de mel presas à roupa interior.
É que, de facto, as pipocas são precisamente o acompanhamento que menos barulho faz ao ser mastigado. Como é que é possível uma coisa destas tornar-se moda? É o mesmo que arranjarem propositadamente uma pessoa para, durante os testes, exames ou reuniões, fazer aqueles "cliques" irritantes com a tampa das canetas!
Qual terá sido o critério dessa pessoa? Ninguém sabe ao certo. O que eu sei é que ela tinha duas opções: ou pipocas ou nozes ainda por descascar, porque também se faz pouco barulho ao partirem-se-lhes a casca.
Outra dúvida que tenho, é simplesmente curiosidade. Essa pessoa foi, (quase de certeza absoluta, mas só preciso mesmo que alguém sábio mo confirme), bom, como estava a dizer, essa pessoa foi quase de certeza a mesma que decidiu introduzir um colete salva-vidas por passageiro nos aviões em vez de um pára-quedas.
Só pode.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Smilys5

Boas! Quando não se têm ideias para escrever, metem-se bandas mal-desenhadas...
Cumprimentos aos pais.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Smilys4

Boas! Sou a única pessoa que conhece gente que em vez de dizer cócoras, diz cocas? "Estava eu sentado de cocas..." Sou?
À parte disso, trago a quarta tira dos Smilys! Cumprimentos aos pais.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Smilys3

Boas! 20 anos são duas décadas. À parte disso, hoje trago-vos a terceira tira de smilys!
Cumprimentos aos pais.

terça-feira, setembro 08, 2009

Smilys2

Boas! Não gosto de queijo. À parte disso, têm aqui uma nova tira dos Smilys!
Cumprimentos aos pais.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Smilys

Boas! Inigualáveis fãs ou inóspitos visitantes deste meu esplêndido blog, hoje quero dar-vos as boas vindas à estreia do meu nojo projecto amador de pseudo banda desenhada! E perguntam vocês, o que é que é uma pseudo banda desenhada? Ora pois muito bem, uma pseudo banda-desenhada são uns rabiscos feitos no paint metidos dentro de quadradinhos e está feito! Estes rabiscos vão ser a vossa companhia em algumas postagens, por isso toca a simpatizar com eles! São coisas simples e um pouco sem nexo, mas que mais é que poderia sair da mente distorcida deste vosso amigo?
Esta “ideia” ocorreu-me após visitar um blog duma desconhecida para mim, não considero plágio porque…não. Se me vierem pedir direitos de autor terei todo o prazer em pagar em sexo, se não aceitarem cheques sem cobertura. O blog em causa poderão visitar em aduplapersonalidade.blogspot.com.

Estes meus bonequinhos executados por mim e piadas feitas, imaginem, por mim, estão inseridos num projecto a que denominei Smilys!
Como sou ignorante, não sei pôr a imagem de forma a que consigam vê-la logo bem, por isso têm de clicar nela uma vez para ser aumentada e, assim, legível.
Daqui é tudo.

Não esquecer de deixar o feedback a este momento histórico no meu fantástico inquérito à direita!!

Cumprimentos aos pais.


segunda-feira, julho 13, 2009

Eles é que se põem a jeito...




Boas! Coniventes fãs ou meros praguejadores visitantes do meu imiscuo blog, após tão demorada ausência, trago-vos hoje uma bomba na vossa higiene oral! Desculpem, acabei de ver o anúncio do Listerine. Bom, o texto do presente dia, tal como todos os outros redigidos e editados neste inócuo blog, não tem como pretensão insultar ninguém, muito menos os seus intervenientes. Apenas tem como por objectivo gozá-los, dizer mal e mandá-los todos irem dar uma volta. Por isso, vamos lá a isso.


Vamos lá pôr as coisas em pratos limpos. Estou farto e não posso mais com mentirinhas e disfarcezinhos e palermices da igreja católica. Estou farto que escondam o óbvio e que façam as pessoas acreditar no inexistente, por isso vamos lá debater aqui umas ideias, sendo a principal a seguinte: Deus pode existir, não faço ideia, gosto de acreditar que sim porque adoro a expressão Deus me ajude, e se Ele não existisse a expressão perdia sentido e assim não sei que é que a minha avó diria em certas e determinadas situações.
Bom, em primeiro lugar não gosto do facto de “Ele” se escrever com E grande. Acho estúpido. Tudo bem que Ele é uma vedeta, mas acho que na nossa vida temos coisas mais importantes para carregar o E, palavras como Escroto, Esperma ou Electricista, que dão muito mais jeito e são bem mais úteis do que Ele.
Em segundo lugar, e a razão pela qual escrevo este texto, revoltando-me contra as mentiras da igreja cristã, principalmente esta: Jesus não existiu! Ponto final. Acabaram-se as tretas. Eu sei que toda a gente diz que ele existiu, que é um facto, que pode não ter feito milagres mas que Jesus, de facto, existiu. A essas pessoas eu digo: Não me venham com tretas!
Porquê?
Simples. Já olharam bem para o crucifixo onde Jesus pede um abraço de braços abertos? Já se deram ao trabalho de olhar para um por mais de 2 minutos? Já? Óptimo, ainda bem que sim. Agora já se deram ao trabalho de pensar donde é que Jesus era? Ou melhor, donde é que a igreja diz que ele era? Já? Jesus da Galileia, Jesus da Nazaré, seja donde for, é dum daqueles países manhosos lá para os lados da Ásia. Ora bem, juntando um mais um, a que é que chegamos? E aqui vai a minha brilhante conclusão:
Jesus, na representação que vemos habitualmente na cruz, pura e simplesmente não possui um único pêlo nas pernas, peito, ou mesmo axilas! Nem um! E deixa-me cá pensar…hmmm…não, de facto os asiáticos, principalmente os Israelitas e os povos desses lados são caracterizados precisamente por serem malta que não possuem um único pêlo no corpo. E Jesus muito menos, porque não usava barba nem nada. NÃO ME VENHAM COM TRETAS! É possível um homem, de 33 anos, ter uma barba daquelas e não ter um único pelo no peito?
Das duas, uma: Ou Jesus, de facto, simplesmente não existiu; ou então, a existir, a depilação a cera ou com outro qualquer tipo de produto no corpo todo fez parte da tortura antes de ele ter sido crucificado!
Que irritante, igreja, estejam atentos a estes pormenores antes de me tentarem fazer acreditar que a melhor pessoa do mundo e o filho de Deus era um Cristiano Ronaldo que se depilava todo. Passem bem!



AGRADECIMENTOS: Hoje é o início de uma nova Era, e como amanha é o meu último dia no meu local de emprego (não, não fui despedido, quem pensou isso é um canalha!), esta postagem é dedicada a todos aqueles que me vai proporcionar um Verão em grande, incluindo os meus amigos imaginários e o meu hamster! Cumprimentos aos pais.

sexta-feira, maio 22, 2009

Um dia bem passado.




Boas! Preclaros fãs ou sórdidos visitantes do meu cândido blog, é com um enorme sentimento de partilha e generosidade que escrevo hoje uma postagem relatando o meu dia de hoje. É bastante interessante, não se fiquem pelo primeiro parágrafo. A sério. Mesmo. Vá, façam lá um esforço…

Hoje cruzei-me na rua com uma pessoa que me disse “olha, tu não és aquele tipo que escreve aquele blog do point?”. Após sentir as lágrimas subirem-me aos olhos, esbocei um largo sorriso ao mesmo tempo que vociferei um bem disposto “sim”. Quando me preparava para recomeçar a andar, o senhor agarrou-me no ombro e disse “então e olha, tu escreves mais alguma coisa para além do blog?”. Começando meu vagaroso cérebro a dar os primeiros sinais de vida desta semana, senti um ligeiro arrepio a escalar intrepidamente a minha espinha dorsal ao pensar que se podia tratar dum violador de monocelhas (actividade que começa a ganhar alguns adeptos em Portugal). Todo este meu sentimento de desconfiança desvaneceu-se quando o senhor me tocou nos mamilos, pois senti que ele não queria nada mais do que simples afecto. Depois de lhe fazer caracóis nos pêlos do peito, ele prosseguiu com a conversa. “Hugo, é o seguinte: eu sou director-geral das produções fictícias, e nós temos estado a observar vários blogs que pudessem ter aquilo a que gosto de chamar de “brilho”, e o teu foi, sem dúvida, o que nos saltou logo à vista”. Não querendo parecer demasiado eufórico, sentimento esse que o meu espírito experimentava, comecei a espumar da boca e a beijar-lhe na face enquanto lhe chamava de tio. Aparentemente indiferente à minha reacção, o senhor retomou o seu tom sério “Bom, o que eu quero dizer é que, nesta pasta (apontou para a pasta que trazia na mão) tenho duas coisas: uma arma de fogo e um contracto de 50 milhões de euros para podermos fazer uma digressão internacional de teatro com as ideias do teu blog, sendo tu a estrela principal. Qual delas escolhes?”.
Quando acordei na cama do hospital, o senhor doutor apontou-me uma luz proveniente duma pequena lanterna para os olhos, retirou, com uma espátula a minha língua da boca, analisando-a cuidadosamente, e depois olhou para trás, dizendo “parece que entrou em delírio e agora ainda está a recuperar, mas daqui a 5 minutos estará óptimo”. De trás do senhor doutor, apareceu o senhor que me interpelou na rua, com um papel na mão. “Aqui está o contracto, é só assinares”, disse. Assinei sem pensar duas vezes, com a mão a tremer de tanto entusiasmo. Quando terminei de rubricar o meu nome, o senhor colocou uns óculos escuros, meteu umas notas na mão do doutor e levou-me do hospital numa limusina branca até à entrada de um hotel. Ao sairmos da limusina, aproximaram-se duas jovens lindíssimas, ambas de cabelos pretos compridos, usando uma camisa branca convenientemente decotada, realçando os deleitosos seios de ambas. Percorri todo o corpo das duas jovens, desde a ponta dos saltos das botas, passando pela meia de renda larga preta que nos soltava a imaginação ao penetrar no interior dos calções curtinhos que salientava os visivelmente bem trabalhados glúteos, terminando na cara angelical com um tom matreiro das morenas. O senhor de óculos escuros beijou-as na face e, de seguida, olhou para mim, sorrindo “Hugo, isto que te vou pedir só fazes se quiseres, é lógico que não te posso pedir uma coisa destas porque sei que és uma pessoa de respeito e extremamente responsável e humilde. Mas seria um enorme privilégio se fosses para a cama com as minhas filhas e fizesses sexo selvagem com ambas até te fartares.”

O resto do meu dia de hoje não vos vou contar porque só de me lembrar dá-me vontade de…comer…amendoins. Mas logicamente que seria incapaz de deixar o meu mais recente amigo mal, fazendo-lhe o favor.
Neste momento estou em Paris, num quarto de hotel com vista para a torre Eiffel e com uma morena debaixo de cada braço a massajarem-me a zona pélvica.
Agora, se me permitem, tenho de me ir embora porque prometi a estas meninas que se se portassem bem experimentávamos os três o Jacuzzi. Tenho de ir pôr a água a correr. Até qualquer dia!


AGRADECIMENTOS: Muito obrigado a quem faça votos para que um dia algo do género do que foi aqui escrito aconteça, vocês são os maiores, a sério! Se forem alguns Nerds ou marrões, não liguem ao que as outras pessoas dizem, elas têm é inveja de vocês, tentem fazer é que a postagem de hoje me aconteça mesmo e sejam felizes! Cumprimentos aos pais.

sexta-feira, maio 08, 2009

(i)legalidades


Boas! Assombrosos fãs ou hediondos visitantes deste extravagante blog, sejam muito bem-vindos a mais uma postagem do ser possuidor da monocelha vencedora do concurso de Miss Monocelha por três anos consecutivos. Vamos lá para a galhofa!

Eu gosto muito de folia. Adoro folia! Principalmente quando se trata de folia da boa. Quando se trata de folia da má, nada feito, mas se se fala de folia da boa, lá está o Hugo para desfrutar dessa folia.
Bom, o assunto que me traz hoje a mais uma postagem é bastante intrigante. (Tive mais de dois minutos a reflectir num adjectivo para utilizar). Como sou uma pessoa extremamente vivida, experiente e madura, como já atravessei muito deste longo caminho a que chamam vida e como trato o meu umbigo por “tu”, já presenciei certas e determinadas situações (expressão bastante usual, esta) que me levaram a ter esta opinião: As pessoas, maioritariamente os jovens, mas não só, têm um interesse alucinante (a última vez que li esta palavra estava num pacote de Golden Grahams, relembro: um sabor alucinaaaaante! Não recomendado a adultos. Já agora, desculpem-me pelos parênteses) …vou voltar onde estava: As pessoas, maioritariamente os jovens, mas não só, têm um interesse alucinante por praticar acções do forro ilegal. Sejam elas o vandalismo, nem que seja pintar rebeldemente a sua mesa na escola, o roubar nem que seja um cotão de pó da prateleira do supermercado, o fumar nem que seja uma pêlo púbico, seja o que for. As pessoas gostam de fazer coisas ilegais, ponto final. E tudo o que é legal, obrigatório, ou dever, é altamente impugnável. Tudo começa quando somos pequenos e temos o dever de comer a sopa. “Sopa? Saudável? Faz bem??! Não me parece querida mãe, lamento muito mas a mim apetece-me mais um chocolate kinder, ou algo do género, para me dar energia! Energia para morder esses mamilos de menina mal comportada enquanto mamo!”
Depois passamos para a fase em que temos a “obrigação” de ir à escola. Obrigação entre aspas porque é uma responsabilidade e não tanto uma obrigação. “Ir à escola? Aprender coisas novas? Preparar o futuro??! Não me parece, querido professor, vou-me mas é baldar para ir fumar umas ganzas que o Rui Dente-Furado me arranjou.”
Mais tarde, quando devemos procurar uma profissão que nos ajude a sermos maduros, responsáveis, honestos e sinceros…vamos para a política! Ora que antagonismo é este, hein?! Estou a brincar, não me apetece fazer piadas políticas.
Mas é verdade ou não é, leitor? É sim senhor, Hugo!
No entanto, eu, como não sou como aqueles senhores que apontam as criticas mas não apresentam soluções, passo desde já a expor as minhas soluções para terminar com o problema da droga, por exemplo. Só este, os outros deixo para quando me quiser candidatar.
Como é que acabamos com a droga? Fácil.
Ponto 1. Extinguir o ensino público, privado, tudo! Abolir todo o tipo de ensino, fechar escolas, universidades, mandar tudo abaixo, queimar livros, não deixar um único exemplar vivo, nem sequer a tabuada do ratinho, tudo para a fogueira! Depois há que criar uma nova lei a proibir todo e qualquer tipo de ensino, não se pode ensinar nada didáctico e punir aqueles que queiram aprender!
Ponto 2. Quanto à droga? Legalizá-la. Mais que isso: Tornar o seu consumo obrigatório. Mais que isso: Em quantidades industriais! Criarem-se estabelecimentos onde os jovens tenham de ir todos os dias até aos seus 20 anos fumar. Uma espécie de escola, mas em vez de se estudar, droga-se. (droga-se assemelha-se a um palavrão, fantástico. Droga-sssseeee! Desculpem.)
O que aparentam ser, à partida, medidas inclassificavelmente (esta palavra não é aceite pelo Word) estúpidas, são, de facto, estúpidas. Mas o que eu penso que aconteceria caso estes pontos fossem seguidos, seria uma diminuição do consumo, por ser obrigatório e pela nossa aversão a coisas obrigatórias, e uma diminuição da taxa de analfabetos. Assim, futuramente poderíamos presenciar diálogos do género:
Rapaz 1: Epá man, que seca, está a dar o toque para a aula de fumamento de ganza.
Rapaz 2: Quem me dera, vou ter duas horas seguidas de inalação de cocaína.
Rapaz 3: Que seca, bora baldar-nos?
Rapaz 1: Oh por mim, mas vamos fazer o quê?
Rapaz 3: O Rui Dente-Furado arranjou-me dois cantos dos Lusíadas para a gente ler, podemos ir para trás do pavilhão.
Rapaz 2: Que cena marada! Achas, não dá, da última vez que li Camões fiquei com alte estala, cheguei a um ponto que já nem percebia o que o cota escrevia.
Rapaz 3: Vocês são uns cortes, já li Os Maias todos em três dias!
Polícia: Ai sim? E gostou da obra?
Rapaz 3: Ah, senhor agente da autoridade, foi só para experimentar, nem sequer gostei do final…
Polícia: Rapazola, vais ter de passar o dia na esquadra…
Rapaz 3: Mas senhor polícia, a minha mãe mata-me!
Polícia: Tudo bem miúdo, arranja-me dois capítulos do Memorial do Convento que eu esqueço tudo.

Juro que acho que isto era possível acontecer. Vamos lá deixarmo-nos de politiquices e passemos a ter um pensamento mais prático. Votem em quem acredita! Votem Hugo!


AGRADECIMENTOS: Hoje não quero agradecer a ninguém em particular, quero apenas fazer um pequeno teste: Se eu escrever, no mesmo texto: Atack, Pentagon, Bomb, Obama, Kill e Kaboom, será que o meu blog terá uma visita dos serviços secretos norte-americanos? Fantástico, senhores, é um privilégio ter-vos no meu blog! Cumprimentos aos pais.

domingo, março 22, 2009

Cultura compra-se



Boas! Desejáveis fãs ou apreciados visitantes deste entusiástico blog, trago-vos hoje um texto que refere um grande vacilo na minha estrutura humana que foi latente por mim durante todo este tempo que escrevo para este blog. A verdade, nua e crua, é que eu sou um ignorante.
Para quem não o sabia, prossiga a leitura.


Por vezes vejo-me perante situações que me deixam com a frustrante sensação de que sou um inculto do pior. Um leigo em todas as matérias, um ignorante incapaz de inspirar e expirar sem se enganar pelo meio. De facto.
E porquê, doce Hugo? Pergunta o entretido leitor de beicinho por me verem tão em baixo enquanto bebe um leite de chocolate de pacote.
Em primeiro lugar dispenso os vossos sentimentos de pena, metam-se na vossa vida. Em segundo, sinto-me desta ímpar forma pois, ao assistir a uma notícia de telejornal, não consegui identificar um único sujeito que os senhores jornalistas (atenção que hoje em dia não se é preciso ser jornalista para se apresentar um telejornal. Hoje em dia existe uma profissão bastante respeitável denominada simplesmente “apresentadores de telejornais”) referiam. Não compreende, caro leitor? Então VOCÊ é também um ignorante. Mas passo a explicar o meu problema numa situação bastante concreta.
Ontem, enquanto assistia a um telejornal num canal da concorrência, (o meu blog concorre com todos os canais) dou por mim a ser informado de uma notícia que, por não ter percebido nada, vou inventar uma situação para o senhor leitor se localizar na minha posição:

Clara de Sousa: Ontem morreu a actriz Cataline Portman, mulher do cantor Jeff Matton.
Gema de Sousa: Cataline Portman foi vítima de um acidente de esqui, enquanto praticava a modalidade nas montanhas de Cantonbrock, na Nimbalídia, capital do Finlopá, que faz fronteira com a Rofiga e o Anterbeijão.
Clara de Sousa: Cataline Portman era filha da diva do cinema Priscilla Portman, com quem actuou no filme “Venici”, galardoado com dois prémios no festival de Fanny.
Gema de Sousa: É verdade. Parece que a sua tia, a conceituada poetisa Scarlett Madison, foi que a encontrou inconsciente no seu quarto. Após chamar por socorro, a ambulância transportou-a para Guinterville, a sua terra natal, terra onde nasceu também o pintor Pedro de las Ruevas, conhecido pelo seu quadro internacionalmente reconhecido “Piritento”.

Aqui, por fim, mudo de canal. Não faz sentido ver uma notícia na qual sinto que a Clara de Sousa e o Rodrigo Guedes de Carvalho me estão a cuspir para a cara, lançando-me insultos, chamando-me inculto, verme iletrado. Não aceito. E fico extremamente repudiado quando vou partilhar com os meus amigos imaginários o sucedido e eles me dizem “Sim, a Cataline Portman, a filha da Priscilla! Não conheces?”. E eu mando-lhes irem mas é fazer os trabalhos de casa imaginarem, acrescentando que não jantam enquanto não os terminarem.
Mas a vida é feita destas coisas. O que não sei ou não conheço num determinado campo cultural, compenso num outro qualquer, principalmente se considerarem o saber pornográfico um campo cultural.



AGRADECIMENTOS: Hoje quero agradecer ao Papa por estar em Angola. Se ele sair de lá sem nenhuma doença sexualmente transmitida, nomeadamente o vírus da SIDA, significa que fez sexo sem preservativo. Se ele diz que o preservativo aumenta a propagação da doença, e não acreditando eu no celibato, apenas posso considerar essa conclusão. Grande maluco! Cumprimentos aos pais.

terça-feira, março 17, 2009

Despertar


Boas! Excelsos fãs ou fortuitos visitantes do meu garboso blog, trago-vos hoje uma informação sobre um engenhoso sistema conseguido pelo meu extraordinário cérebro de Homo Sapiens Sapiens. Duas vezes Sapiens. Fantástico.
Devo avisar previamente que, após o meu cérebro ter magicado este sistema, fui a correr às instalações da Nasa, organização essa que aprovou logo o lado científico da questão, oferecendo-me uma medalha de mérito que guardo hoje debaixo da almofada.
Bom, caro leitor, deixe-se mas é de tretas e leia mas é o texto! Depois diga-me com toda a sua sinceridade se não é deveras genial.

Acordar de manhã para ir trabalhar é das poucas coisas que me dá gosto na vida. Isso e bater com o dedo mindinho do pé na esquina da cama. É maravilhoso.
Sendo eu possuidor de um lamentável distúrbio de sonolência que me faz demorar cerca de 45 minutos a sair da cama depois de ouvir o despertador, inventei um sistema que já tive o cuidado de patentear, não fosse alguém, após ler esta postagem, roubar-me os direitos de autor. O meu sistema, que já começa a ser posto em prática nos países de religião muçulmana (não sei bem porquê mas foram os únicos a adoptá-lo) consiste em pôr o relógio a despertar pelo menos 4 vezes durante a noite. Isto é, se eu, por exemplo, me deitar à meia-noite e acordar as 7:45, como é habitual, ponho: um despertador às 2:13, outro às 4:07, o das 7:45 e, caso algo corra mal, tenho o de urgência, às 8 da manhã.
O que à primeira vista pode ser parvo, na realidade não o é. Ou é? Sim, penso que sim.
Mas a minha teoria (que tenho posto em prática) baseia-se em acordarmos diversas vezes durante a noite para nos saber melhor o facto de estarmos a dormir. Isto porque quando acordo às 2:13 e às 4:07, o meu pensamento é: “Ena pá! (juro que penso mesmo “ena pá!”) ainda tenho tanto tempo para dormir! Sou mesmo um privilegiado! Agora podia acordar mas não, ainda vou dormir…”. E, quando finalmente acordamos às 7:45 com o despertador final, sentimo-nos realmente satisfeitos por termos tido uma noite com o que pareceu serem tantas horas de sono. Basicamente, o meu sistema consiste em dar “nheques” (passo a expressão) ao nosso cérebro, que àquelas horas da manhã é estúpido como tudo! Outro truque para esta metodologia bater certa é porem sempre horas esquisitas, ou seja, sem acabar em 5 ou 0, de maneira a que o vosso cérebro não consiga fazer as contas de quanto tempo de sono vos resta ainda. Fantástico!
Vá, agora vão lá contar o meu método aos vossos amigos da escola ou do trabalho e sejam felizes. Boa noite!


AGRADECIMENTOS: Hoje não desejo agradecer a ninguém. Talvez ao meu carro por ter decidido não pegar…outra vez…quando ia sair esta noite. Gosto tanto dele! Cumprimentos aos pais.

quarta-feira, março 04, 2009

A homossexualidade e eu...e ele.


Boas! Pomposos fãs ou meros flagelados visitantes, apresento-vos hoje a minha mais recente criação:

Eu estava a tentar evitar escrever sobre isto, juro que estava. No entanto, a minha vontade sobrepõe-se, mais uma vez, à minha consciência e hoje expresso-me sobre um tema que foi levantado há algumas semanas e, por isso, peço desculpa pelo atraso do meu comentário…mesmo que seja de importância extremamente reduzida, quase nula. Mesmo nula.
Bom, o que se passou foi que há umas semanas ouvi na telefonia…perdoem-me, na rádio…que um certo senhor, de nome cardeal, que é conhecido por ser D. José Saraiva Martins…corrijo, um certo senhor de nome D. José Saraiva Martins que é conhecido por ser cardeal…proferiu um comentário bastante agradável onde estava implícito o seguinte, nu e cru: A homossexualidade não é normal.
De facto, não é.
O normal é, isso sim, acreditar-se num senhor barbudo que está no céu a olhar para nós e que um dia disse “faça-se luz!” e apareceu isto tudo. O normal é, de facto, acreditar-se que um senhor um dia acordou com uma vontade enorme de mastigar pastilha elástica, mas como na altura não existia pastilha elástica, foi para a praia e dividiu o mar em dois. Isto sim é normal!!
Agora não me venham dizer que dois homens ou duas mulheres casarem ou gostarem um do outro é normal, porque não é! O normal é meia dúzia de padres levarem as crianças da catequese para o apartamento de um dos senhores e exercerem actividades sexuais com elas. Isto sim é normal!!

O que vale é que a igreja católica é perita em gafes e as pessoas já nem a levam muito a sério, senão esta afirmação ainda podia passar de um momento de diarreia mental dum senhor de idade avançada e tratar-se mesmo duma exterminação dos homossexuais. Aliás, uma afirmação destas pronunciada por um senhor que tem o estranho hábito de usar um chapéu estranho colado à cabeça a tapar-lhe a calvície é de duvidar…pelo menos a sua credibilidade acerca da homossexualidade é posta em causa.

Mas esta afirmação deixa-me um tanto-quanto apreensivo. Sendo que a igreja católica num passado distante mandou executar defensores da teoria que a Terra é redonda, isto põe-me numa situação bastante delicada.
Porquê?
Pelo simples facto de que, se a igreja defendia que a Terra era quadrada ou triangular, ou paralelepípeda (desculpem, tinha mesmo de utilizar esta palavra) , e a Terra afinal é redonda, isto leva-me a pensar que, se a igreja católica defende que a homossexualidade não é normal, então é porque, afinal, o que é de facto verdade é que a heterossexualidade é anormal!

Eu é que estou mal!

Co’a breca! E eu a pensar que tinha acertado desta vez…



AGRADECIMENTOS: Tenho de parar com esta mania de agradecer…
Sentir-me-ia profundamente lisonjeado se me fosse permitido agradecer à minha progenitora por me ter guardado o caixotão de Legos com que eu galhofava na minha distante infância. Ontem fui buscá-los e tenho-me entretido bastante com eles. Deveras! Cumprimentos aos pais.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Pornografia fina.




Boas! Excelentíssimos fãs ou pavorosos visitantes do meu ostentoso blog, após uma postagem medíocre onde os níveis de audiência e, por consequente, de comentários, não passaram de um nulo, tento hoje recuperar o share imponente que é característico do meu blog, através duma postagem de intervenção social, quiçá um novo 25 de Abril. Na verdade este texto não possui nada demais, por isso é compreensível que os leitores mais inteligentes fechem a janela após a segunda linha. Até lá, boa leitura.



Atenção: Este texto foi inspirado numa outra “crónica” escrita por Bruno Nogueira, no seu blog que poderão aceder aqui.

PS: Acabei de utilizar um atalho qualquer cujo nome científico desconheço por completo. Foi mais um passo em direcção ao desenvolvimento tecnológico executado em grande estilo pelo Hugo's Point. Fantástico não é? Continuando...

Existem vários tipos de pornografia. Eu, particularmente, sou apreciador de pornografia nua e crua, rude, explícita, assumida. Gosto de assistir a vídeos, de ver imagens e de ler textos eróticos. Aprecio bastante o trabalho das excelentes actrizes pornográficas que existem actualmente no mercado, entre elas a minha diva Sylvia Saint. Gosto do trabalho dela e de muitas outras simplesmente porque fazem-no sem preconceitos, vendem-se por mostrar sexo, são bem pagas e assumem-se como isso. Actrizes pornográficas. Eu gosto disso. E acho que gosto porque não é fortuito, tenho de procurar vídeos, clicar em “sou maior de 18 anos” e procurar um que seja do meu agrado.
Do que não gosto é de pornografia fina. E estou farto de a ver, pelo simples gesto de ligar a televisão. Enquanto que a pornografia “rude” se tem de procurar, a pornografia “fina” vem de todo o lado, de todas as formas. Vemo-la quando ligamos a televisão, quando temos acesso a uma revista, em todo o lado! E as protagonistas deste tipo de pornografia são da gente mais fútil e medíocre que existe. Simplesmente porque se assumem por outra coisa que não aquilo que mostram que são: actrizes pornográficas. É cansativo ver a Maya na televisão a dizer que tem “maminhas novas e lindas”. Além de cansativo é repudiante. É repudiante que julguem pessoas por venderem sexo quando elas próprias ganham dinheiro em artigos de revistas e em tempo de antena por dizerem que têm “maminhas novas e lindas”.
Dona Maya: Se a senhora, ou melhor, se a menina tem problemas em encontrar um homem que goste de si sem ter de recorrer a cirurgias para ter “maminhas novas e lindas”, por favor, guarde isso para si. Não venha falar disso a público, por favor. Não dê entrevistas a revistas que, por não ter outro passatempo, tenho de ler na minha hora de almoço e me tiram a fome.
Acho que a senhora, aliás, a menina, é uma excelente taróloga, gosto bastante dos seus bitaites para Virgem. Gosto bastante do seu nariz. Gosto bastante da sua voz unicamente comparável à de Júlia Pinheiro. No entanto, faça como as outras bruxas. Faça uma casinha de gomas, engorde o Hansel e a Gretel e depois coma-os à refeição. Mas fique na sua casinha, não saia à rua, não se venda. Não seja uma actriz pornográfica fina.
Um grande beijo nas suas “maminhas novas e lindas”!


AGRADECIMENTOS: Gostava de agradecer a todos aqueles que comentaram a minha última postagem e também, já agora, a todos aqueles que comentarão esta. Espero sinceramente que o Bruno Nogueira não se sinta plagiado com este texto, visto que talvez eu tenha sido um pouco mais rude do que ele…há quem saiba escrever e há quem apenas atire barbaridades para a internet. É o meu caso! Cumprimentos aos pais.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Um estranho ser chamado Homem


Boas! Corteses fãs ou adulteráveis visitantes deste incomensurável blog, trago-vos hoje uma postagem que com certeza fará muita tinta correr na imprensa cor-de-rosa. Devo avisar desde já que a leitura deste texto não é aconselhável a cardíacos ou a quem simplesmente não aprecia sexo lésbico (visto que são uns totós!).
Bom, voltando à questão, aqui está mais uma modesta opinião do vosso comentador político, Hugo Pinto.


Há poucas coisas de que todo o ser humano se embaraça ou se sente desconfortável. É possível eu sentir vergonha de algumas coisas, mas existe sempre um outro ser humano que compense não tendo vergonha dessas mesmas coisas. No entanto, existe, de facto, uma situação que deixa TODOS os seres humanos, pelo menos os racionais, desconfortáveis.
E isso é? - Perguntam vocês.

Defecar, arriar, como lhe queiram chamar, fora da nossa própria casa.
É um facto. Nunca, como seres humanos, teremos a capacidade de nos abstrair de todos os preconceitos e libertarmo-nos num outro lado que não no nosso lar. É inegável. E é também inegável que cada um de nós faz todos os possíveis e impossíveis para evitar esta situação.
Aqui estamos nós, no nosso local de trabalho, acabados de descer da hora do almoço. Apetece-nos um doce e tiramos o chocolate branco do bolso que trouxemos às escondidas para dar uma trinquinha. Efeito supersónico. Sentimos os nossos abdominais anormalmente bem tonificados a apertarem, a apertarem e a apertarem. Começamos a sentir aquela vontadinha do “já se fazia…”, mas não, não estou em casa, aguento até chegar. É então que surgem os primeiros efeitos pós-aguentação (palavra técnica para o efeito), sentimos algo dentro de nós, lá por baixo, a gritar por liberdade, a esticar as mãos para fora das grades, a agitar-se ruidosamente dentro da sua cela.
Mas não podemos deixar sair a fera, temos de domar o monstro até ser o momento ideal, ou seja, quando estivermos em nossa casa. Somos obrigados a recatarmo-nos num canto, sozinhos, onde possamos soltar uma flatulência, silenciosa, mas que nos faz ter de abandonar rapidamente o local porque simplesmente não aguentamos o nosso próprio cheiro. Encolhemos a nossa cela o mais que podemos e começamos a reparar que estamos a andar de uma forma esquisita. A besta continua agitada dentro da sua prisão, parecendo chamar reforços para mandar a porta da masmorra abaixo. Depois de aguentarmos, aguentarmos, aguentarmos, a fera grita guturalmente, nós aguentamos, a fera bate com força na porta, nós aguentamos, a fera encontra a fechadura da porta e, chamando os seus reforços, começa a fazer força contra a fechadura que vai vacilando perante tamanha força. A fechadura começa por aguentar mas depressa se vê o primeiro sinal de fragilidade. A fechadura começa a abrir-se e, quando damos por nós, somos obrigados a superar todos os recordes estabelecidos pelos velocistas olímpicos e a deslocarmo-nos a mais de 270 quilómetros/hora, cometendo atropelamentos às pessoas que se cruzam connosco, querendo evitar olhares e sentindo gotas de suor (não provocadas pelo cansaço mas sim pelo esforço que estivemos a fazer os últimos dez minutos) a cair-nos pelas têmporas.
Ali está ela.
A porta do nosso cubículo da casa de banho. Nem sequer temos tempo para escolher aquela que está mais limpa, apenas a que está mais perto. Num acto de loucura desenfreada, quase arrancamos o cinto das calças e rasgamos a roupa interior. Fazemos o primeiro exercício físico puxado do dia, aguentando um tempo indeterminado na melhor posição de cócoras que conseguimos aguentar.
E finalmente acontece.
Como uma melodia que há séculos ansiava por ser tocada, sentimos a nossa fera a quebrar as correntes que a acorrentavam e a sair velozmente em liberdade, chapinhando nas águas turvas do pântano para onde cai. E nós enviamos ao mundo o nosso melhor suspiro de alívio, intimamente satisfeitos por obtermos um prazer tão glorificante com um gesto tão reles.
E de repente, damos por nós. Estamos numa casa-de-banho pública, com papéis por todo o chão, cheio de poças de líquidos que não conseguimos determinar bem o que são, portas desenhadas…um local simplesmente imundo. E, no fim, onde está ele?
O papel higiénico. Olhamos para todos os lados do nosso apertado cubículo, mas nem sinais dele. Simplesmente não há. Olhamos por debaixo da porta (porque as portas dos cubículos das casas-de-banho publicas continuam a insistir em não chegar até ao chão, deixando um espaço de dez centímetros, eu já medi, entre o fim da porta e o chão) e averiguamos se está mais alguém dentro do wc. Não. De calças na mão e rabo (para os que têm) imundo, deslocamo-nos ao cubículo mais próximo e roubamos o papel higiénico. Voltamos ao nosso cubículo (porque ninguém consegue começar esse acto num e acabar noutro) e limpamos o que temos a limpar. E aqui vai uma pergunta: Não neguem que é verdade, porque é: Porque é que sempre que limpamos o nosso rabo, mesmo que tenhamos acabado de fazer as fezes mais horripilantes de que tenhamos memória, temos de olhar para o papel higiénico com que acabámos de limpar o nosso traseiro e apreciar a nossa bela arte abstracta?! Porquê? Para ver se está limpo? Não podemos simplesmente estipular um número de vezes que possamos limpar e acaba aí a coisa?
Finalmente saímos do nosso cubículo e nem coragem temos para nos olharmos para o espelho. Como bons portugueses que somos, nem nos damos ao sacrifício de lavarmos as mãos naquela água gelada dos wc’s públicos.
E vivemos com esse peso na consciência…não o de não termos lavado as mãos mas sim o de termos feito o que fizemos…fazermos cocó num lavabo público.


AGRADECIMENTOS: Hoje tenho, perdoem-me os meus dedicados fãs, de agradecer esta postagem à minha querida mãezinha por me enviar sempre almoços tão deliciosos para o trabalho mas que, passado 30 minutos, já estão a fazer o efeito descrito neste texto. No entanto, um primor na cozinha, vos digo! Cumprimentos aos pais.

domingo, janeiro 25, 2009

Os atrasados que me atrasam


Boas! Insaciáveis fãs ou crespos visitantes deste meu gracioso blog, hoje vim apenas escrever uma postagem para pedir aos senhores proprietários dos veículos que se põem propositadamente à minha frente andando muito para além do devagarinho quando saio um pouco mais tarde de casa em direcção ao trabalho para, por favor, deixarem de pôr esse plano para me fazerem chegar atrasado ao trabalho em prática. Sim, já não acredito que isso seja sem querer, visto que quando saio a horas (basta 5 minutos antes) conseguir chegar um quarto de hora antes ao trabalho, enquanto que se sair 5 minutos depois da hora usual chego 15 minutos depois da hora da minha entrada. Já me arreliaram o quanto-baste e penso não ser merecedor de tamanha penitência.
Só para os mais interessados, deixo um episódio que se sucedeu hoje no meu local de trabalho:

(Telefone toca. André atende):
- Estou sim?
- Sim, boa tarde…olhe eu queria saber se vocês têm um carro a pedais de dois lugares do Tarzan…
- Do Tarzan não minha senhora, de dois lugares temos apenas um de formato amarelo… (Juro que o André disse “formato amarelo”) …não temos nenhum outro carro de dois lugares, mas pode tentar na loja do Colombo…”
(A senhora pede o número da loja, André, competente, fornece-lhe o contacto. Passado 5 minutos, novo telefonema. André atende novamente.)
- Estou sim?
- Estou? (é a mesma velhinha de à bocado) Olhe eu liguei agora para a loja do Colombo e disseram-me que havia um carrinho de dois lugares na vossa loja…
(André tenta disfarçar: )- Ah…deve ter sido um engano do meu colega aqui da loja, deixe-me só confirmar…
- Pois, é que o seu colega falou-me de um outro carro mas eu quero um carro para a criança pedalar, não é para a criança empurrar com os pés...
- Muito bem, deixe-me só confirmar…
(André põe a chamada em espera o tempo suficiente para fingir que fala com o suposto colega)
- Minha senhora, o meu colega diz-me que não temos o carro…
- Olhe desculpe, mas não se importa só de ir à loja confirmar? É que o seu colega não é muito inteligente…
(Hugo e André sentem as pernas a vacilar e caem redondos no chão a chorar a rir. André, recomposto, recupera a postura)
- Sim senhora, vou confirmar de imediato…
(André põe novamente a chamada em espera, desta vez tempo suficiente para fingir que vai à loja confirmar a existência do artigo)
- Estou sim, minha senhora?
- Sim?
- Olhe, carros de dois lugares a pedais nós não possuímos…a pedais só temos mesmo uns karts…
- Mas é só para uma pessoa?
- Sim sim…
- E vira?
- Sim senhora, vira para a esquerda e para a direita…e em frente.
- Pois, é que realmente o seu colega não me falou nesses carros, não me leve a mal, mas ele não percebe muito disso…
- É do sono minha senhora, ainda é de manhã e o meu colega também não é da secção… (mais uma vez, é garantido que o André disse isto, bem como o “vira para a esquerda, para a direita e em frente”)
- Pois, está bem, muito obrigado.
- Obrigado, bom dia!

(Por estas e outras razões não revelo o meu local de trabalho. Deixei aqui ao leitor uma amostra de uma das razões pela qual ainda não tive a coragem de abandonar o meu local de trabalho. Não há nada como clientes mal dispostos! Fazem-me felizes!)



AGRADECIMENTOS:
Desta feita pretendo prestar aqui a minha homenagem a dois seres que marcaram a minha vida: O ser estúpido e o ser ridículo! Marcaram-me de uma forma irreversível, e por muito que eu queira já não consigo deixar de o ser. Muito obrigado! Cumprimentos aos pais.

domingo, janeiro 11, 2009

Mercado de trabalho...muito trabalho.



Boas! Exuberantes fãs ou banais visitantes do meu afagado blog, tenho-vos a informar que recentemente entrei para o mercado de trabalho. Para quem não sabe o que é estar no mercado de trabalho, devo avisar o seguinte: Vocês são uns madraços, vão mas é trabalhar! (Para quem não sabe o significado da palavra madraço, por favor consultem um dicionário). Bom, vou tentar não me demorar nesta postagem.

Ao entrar no mercado de trabalho a minha reacção foi: “Baril, agora vou poder ter dinheiro meu, vai ser bestial poder comprar o que bem me apetecer e frequentar prostitutas!”. No entanto, o que fiquei desde logo a saber foi que, por algum feito mágico, cerca de um quinto (números fictícios) do meu salário é sugado por uma máquina de vácuo a que os adultos (que percebem muito destas coisas) gostam de chamar de “Estado”. A pergunta agora impõem-se: O que é que muda por um quinto (novamente números fictícios) do meu ordenado não vir a ser utilizado por mim? Em primeiro lugar, o leitor não tem nada a ver com a minha vida pessoal, portanto não lhe darei o prazer de ver essa pergunta respondida. A verdade é que com esse furto a que passei a ser alvo, o que pode acontecer é que na minha primeira visita a uma profissional da prostituição eu não tenha dinheiro para adquirir os serviços de uma profissional saudável, tendo por isso de recorrer a uma profissional de inferior qualidade e que possa mesmo ser portadora de doenças sexualmente transmissíveis. Este facto deixa-me bastante insatisfeito e a ficar a olhar de lado para o Estado, seja lá o que isso for na realidade.

Outra situação que reparei ao estar empregado, é que passo a ser alvo duma ditadura dentro duma democracia. Na verdade, os patrões possuem um regime altamente totalitário onde nenhum empregado pode sequer, imagine-se, mandar-lhes ir dar uma volta! Isto deixa o meu orgulho de rastos, sendo eu alvo de chacota pelo meu lado vil da consciência que me diz ao ouvido “Então cãozinho, não vais arrumar a tua secção tal como o teu patrão te mandou?” e “Muito bem, senhor Hugo…a arrumar as caixas de duas toneladas na prateleira de cima, como manda o chefe!” Geralmente mando esse meu lado da consciência dar uma volta ao bilhar grande, mas começo-me a aperceber que ele tem razão e que, de facto, eu sou um cãozinho. Mas um cãozinho com pedigree!

Mudando ligeiramente de assunto, é impressionante a variedade de clientes com quem podemos cruzar uma breve conversa, e alongaria demasiado esta postagem caso pormenorizasse cada um do tipo de pessoas com quem lido agora no meu dia-a-dia. No entanto, tentarei demonstrar o tipo de criaturas que deambulam pelas mesmas lojas que o leitor:
Existe, primeiramente, o cliente chato, que nos faz montes de perguntas sobre determinado artigo exposto na loja, perguntas essas cujas respostas desconhecemos por completo mas que, ainda assim, insistimos em inventar uma resposta credível. Isto, obviamente, até ao dia em que surge um cliente possuidor de um Q.I. superior ao nosso, como é geralmente o meu caso, em que se sucede a seguinte situação:
- Olhe, chegue aqui, por favor.
-Boa tarde!
- Olhe, é o seguinte, eu quero saber a quanto é que anda este carro a bateria.
- Portanto, este carro possui uma bateria de 6 volts, pelo que atingirá no máximo 4 quilómetros horários.
- Só? Mas isso é muita fraquinho! Não têm mais?
- Temos também motas e carros a bateria de bateria de 12 volts, mas essas também não ultrapassarão os 6 quilómetros horários.
- 6?! Mas está ali no papel a dizer que dá os 8 quilómetros/hora!
- 8? (Hugo faz-se despercebido) Ah…sim, está-se a referir àquela mota, pensei que estivesse a falar-me desta…(disfarça este elegante macho latino conhecido vulgarmente por Hugo)
- Não, é esta! Isto dá os 8 quilómetros/ hora não é verdade?
- Exacto.
- E a bateria disto dura quanto tempo?
- A bateria tem uma autonomia de duas horas, mas como as crianças nunca costumam andar duas horas seguidas…ainda dura uns diazitos…mas a mota já traz o carregador.
- E quanto tempo é que demora a carregar?
(Aqui Hugo é apanhado desprevenido, não fazendo a mínima ideia de que resposta dar)
- A bateria dura…cerca de…uma hora a carregar!
- Uma hora?! Então mas ela demora menos tempo a carregar do que a andar?! Como é que isso é possível?!
(Neste momento, Hugo foi descoberto na sua emboscada de falsidade. No entanto, não pode demonstrar qualquer sinal de fragilidade, pelo que é forçado a improvisar)
- Sabe, este fabricante é bastante conhecido pelo desenvolvimento técnico dos seus artigos…
- Mesmo assim…oh amigo, tem mesmo a certeza do que me está a dizer?
- Claro! Mas se pretender eu posso consultar um colega meu para ver se ele contraria a minha afirmação.
- Faça o favor.
(Hugo desloca-se ao armazém)- Porra Tiago, disse a um cliente que a bateria da mota de 12 volts demora uma hora a carregar!
- Uma hora?! Então as de 6 volts demoram seis horas…
- Epá e agora?
- Agora sei lá…dá a volta ao cliente! (por estes motivos não revelo o estabelecimento que me empregou)
(Hugo regressa ao diálogo com o cliente
)
- O meu colega informou-me que mudámos de fornecedor, pelo que os carregadores são um pouco mais fracos…essa mota demora mais de 6 horas a carregar.
- Mudaram de fornecedor? Mas a bateria tem de ser a mesma, amigo…
- Claro…
- Então o que é que me está a querer dizer?
(Neste momento todo o espírito criativo de Hugo desfalece e este é forçado a espetar a chave de fendas que segurava na mão direita na têmpora do cliente, que rapidamente cai ao chão envolto numa poça de sangue. Num gesto extremamente rápido, Hugo puxa o cliente para o armazém enquanto os seus colegas que passavam pelas redondezas limpam o rasto de sangue deixado pelo cadáver. Momentos mais tarde, os restos mortais do cliente foram devorados pelos empregados do estabelecimento comercial.)

Outra situação a que estou sujeito é a ser abordado por um cliente visivelmente analfabeto e de Q.I. inferior a uma batata frita, mas que, inexplicavelmente, traz consigo uma mulher de fazer inveja a qualquer um. O tipo de diálogo que se pode desenrolar nesta situação será próximo do seguinte:
- Boa tarde, posso ajudá-la?
(O marido antecipa-se à resposta da fêmea que eu havia abordado)
- Boa tarde, eu tenho um filho que está a fazer 4 anos, qual é o tipo de bicicleta que lhe posso comprar?
- Bom, para essa idade tem estas bicicletas expostas nesta prateleira, que possuem rodas de 12 polegadas e que são indicadas a crianças dos 3 aos 5 anos.
- Hmm…Mas eu vi ali uma que é um pouco maior, mas gosto dela…
- Exacto, aquelas bicicletas são de tamanho 16 (16 polegadas de roda), pelo que será demasiado alta para a criança que referiu.
- E para que idade é que são aquelas bicicletas?
- As bicicletas de roda 16 são indicadas por volta dos 7 aos 10 anos.
- E não têm uma igual àquela mas mais pequena?
- Não, tudo o que temos em armazém está exposto aqui na loja.
- E não é possível dizer-me se estão à espera de alguma?
- Nós estamos a receber vários camiões durante a semana, e esperamos receber este tipo de produtos até ao final do mês…
- Ah...é que a minha mulher está ali a ver aquela bicicleta e estou a ver que está a gostar dela, sabe…
- Deixe-me salientar o facto da sua esposa ser possuidora duma bela retaguarda…
- Diga?
- Estava-lhe a dizer que a sua mulher possui um gosto extremamente requintado para apreciar aquele tipo de bicicleta…Também gosto da forma como os seios da sua esposa parecem carecer pelo meu afecto.
- Mas olhe, não me sabe dar uma data precisa de quando virá a bicicleta?
- De facto não, e de momento não creio ter faculdades suficientes para reflectir noutra coisa que não no curvilíneo busto da sua esposa…mas peça o número da loja no serviço ao cliente e ligue para cá ao fim da semana para saber se já recebemos o artigo…


Para finalizar, um tipo de cliente que aprecio bastante é o seguinte: (Nota, este diálogo é o único facto verídico que lerão nesta postagem)
Presa: tia de Cascais de idade superior a 50 anos, casaco de pele e cabelo explicitamente pintado de loiro.
Predador: Um empregado extremamente sensual, de monocelha arrebitada.
- Boa tarde, posso ajudá-la?
- Mas eu tenho ar de quem precisa de ajuda? O senhor não tem mais nada que fazer se não meter-se na vida das outras pessoas? É para isso que lhe pagam? Não preciso de ajuda e se precisasse com certeza não iria pedir a um incompetente como você!
(Hugo abandona a cliente no local e corre para a casa de banho onde chora incessantemente até à sua hora de saída).

Finalizando, gostaria de vos informar que apenas explicitei sucintamente o tipo de pessoas que qualquer empregado tem possibilidade de abordar no seu local de trabalho. Não poderia escrever uma postagem de tamanho regular se fosse a pormenorizar exactamente cada criatura que já tive o prazer de informar no meu local de trabalho, mas prometo que teria bastante piada. Vá, não prometo…mas pelo menos eu acharia piada!




AGRADECIMENTOS: Hoje, se me permitem, apreciaria muito agradecer ao meu agradecer ao meu agente por me ter facultado um casting para uma novela brasileira que se chamará “sete doidas e um cachorro”, novela que aguardo com bastante impaciência para vir a conhecer a história. Quero também agradecer às crianças…aliás…bestas que se dirigiram ontem à sessão das 21:50 do filme Yes! No Cascaishopping que passaram o filme todo a falarem e a fazerem palhaçadas em voz alta. A todos eles desejo convictamente que levem com uma bola nos genitais durante a próxima semana! Cumprimentos aos pais.

domingo, janeiro 04, 2009

Serra da estrela VS Algarve


Boas! Estimados e graciosos visitantes do meu deleitável blog, trago-vos hoje a primeira postagem deste novo ano que se estreou. Após 3 dias a recompor-me da devidamente bem-passada passagem de ano, entro neste novo ano com um texto escrito no fim do ano transacto. Deixo desde já os meus desejos de um bom ano a todos os leitores e críticos deste blog, e que 2009 traga ainda mais postagens…este é o meu desejo pessoal. Boa leitura!

Todos os anos existe uma série de notícias…vá lá…existem duas notícias nos telejornais que se podem considerar “ da praxe”. São elas:
Primeira notícia:
- Momento: Verão;
- Notícia: A maioria dos portugueses escolhe o Algarve como seu destino de férias, a região é alvo de uma enchente turística no ano mais quente da última década.
Segunda notícia:
- Momento: Inverno;
- Notícia: Portugueses escolhem a Serra da Estrela para passarem o fim-de-semana, no ano em que a serra foi alvo do maior verão da última década.
E este ano, surpreendentemente, o Algarve (segundo telejornais bastante credíveis) conseguiu alcançar a temperatura mais alta da última década, bem como a Serra da Estrela (segundo os mesmos telejornais) conseguiu obter o maior nevão dos últimos dez anos! Dizem até que é impossível poder chegar à torre!
Ora bem, visto que todos os anos oiço na telefonia que o acesso à torre é condicionado…como se fosse uma área secreta do Vaticano…começo a ponderar na questão e a chegar à conclusão que talvez, quiçá, a “torre” nem sequer exista! (Notem que empreguei a palavra “quiçá” numa frase ridícula, de forma a parecer uma palavra pouco ridícula!). Mas a sério, o estimado leitor já pensou nisso? A “torre” pode ser um mito!Mas o português, sendo uma espécie em vias de extinção com uma mentalidade bastante complexa, procura sempre estes locais de climas extremos para passarem as suas férias. E, se quisermos levar a coisa mais longe, podemos até perceber porque é que somos um país tão pouco desenvolvido, com um ordenado mínimo miserável…graças a deus! Porquê? Simplesmente porque se tivéssemos uma qualidade de vida semelhante às dos nossos amigos nórdicos, o destino de férias dos portugueses no Verão não seria com certeza o “económico” Algarve, mas sim um deserto do Saara, enquanto que no Inverno haveria um atafulhamento de lusitanos em terras da Islândia ou, indo a extremos, no Árctico! Isto levaria a que a raça lusitana já se tivesse há muito extinguido. Por isso sim, graças a deus que somos miseráveis! Se não fossemos uns pobres desgraçados já nem cá andávamos!
Mas se há facto irrefutável é que a nossa raça tem algo de…simplesmente maravilhoso. Não sei se é bem o adjectivo “maravilhoso” que deveria inserir aqui, mas sim “estúpido”. Com certeza que o leitor, sendo uma pessoa tão culta e informada, já assistiu a belos momentos de reportagem na Serra da Estrela, nesta altura. Não é simplesmente genial? Os avisos são feitos: “Maior nevão da história da humanidade na serra da estrela”, e para onde é que os “tugas” vão? – “Maria, isto aqui em Évora está uma seca, vamos pegar nos miúdos e na tua mãe e vamos passar um fim-de-semana à Serra da Estrela!!”. Esquecem-se, obviamente, que a neve tem alguma espessura lá para aqueles lados, pelo que é capaz de deixar os carros apeados…então, nas referidas reportagens, observamos o seguinte:
Mulher, sogra e crianças a tremerem dentro do carro, chefe de família com um trenó improvisado a fazer de pá fora do carro a tirar a neve de trás dos pneus. Repórter com um microfone espetado na cara da sogra enquanto o vento faz com que o capuz do seu casaco lhe bata na cara várias vezes consecutivas ao mesmo tempo que a neve entra pelo vídeo do carro e mate as crianças de hipotermia.
Repórter – Então, porque é que escolheu a Serra da Estrela para passar as férias?
Sogra – Ah, aqui é tudo muito lindo e os rapazes nunca viram neve…(Pois não, os rapazes nunca viram neve. Mas agora de certeza que se sentem muito mais realizados ao estarem a levar com ela no focinho e a passarem as melhores férias de sempre!).
Sinceramente fico sempre sem perceber quem é o maior asno: Se o “tuga” por ir passar férias à Serra da Estrela com o pior nevão de sempre, se o encarregado pelas notícias dos telejornais que todos os anos manda os seus repórteres irem gelar para a Serra da Estrela fazerem notícias desinteressantes. Um grande “hurra” a eles!


PS: Este texto foi postado ao som da música "Tintarella di luna", proveniente do maravilhoso blogue do meu grande amigo Victor de Freitas, e, por isso mesmo, é a ele que é dedicada esta postagem. Um grande abraço!

AGRADECIMENTOS: Estando eu de bom humor, gostaria de agradecer a todos os leitores deste blog. São as vossas visitas que me fazem continuar a escrever. Por isso, a pedido de muitas outras pessoas, PAREM DE LER ESTA M**** P’RA VER SE ISTO ACABA!!!! Cumprimentos aos pais.
PS1: Devido a pedidos insistentes por parte do meu acessor de imprensa, devo esclarecer que a foto que ilustra esta postagem é da autoria do mestre Ramalho, Pedro Ramalho. Para qualquer informação sobre a sua vasta obra, é favor consultar a wikipédia, ou então aceder ao site www.peliculamentefalando.blogspot.com