sábado, novembro 22, 2008

IV Salão Erótico de Lisboa - um espaço de cultura


Boas! Proeminentes fãs ou retraídos visitantes do meu irreverente blog, hoje, antes de passar ao texto a que o título da postagem se refere, devo alertar-vos de que este texto foi classificado para maiores de 18. Para quem pensa que este aviso não deve ser levado a sério…não levem, não tem importância. Mas estão alertados de que esta postagem possui conteúdos explícitos. Assim sendo, boa leitura!


Recentemente frequentei o IV Salão Erótico de Lisboa, na conceituada FIL, Parque das Nações. No momento em que recebi o convite para me dirigir ao reputado Salão, senti-me como se, em criança, me tivessem convidado para visitar a fábrica de brinquedos do pai natal. No entanto, quando me aproximo das imediações da FIL, dou-me de caras com uma fila maior do que muitos dos seios que ambicionava visualizar naquela noite. Apinhada de encalhados, algumas almas pervertidas e poucos meros analistas e investigadores do sexo, como era o meu caso, a fila prolongava-se por mais de 300 metros, mas a fluidez com que esta entrava no pavilhão era considerável.
Quando me aproximo da entrada do pavilhão, encontro meia dúzia de polícias, de ambos os sexos, que procedem à apalpação dos entusiasmados visitantes. Pensando que se tratava do primeiro entretenimento da noite, quando chegou a minha vez comecei a mandar piropos e a provocar à agente da autoridade que me inspeccionava. Infelizmente, a inspecção era verídica e a agente da autoridade não gostou de me ouvir dizer “então, é só aí que vais apalpar, querida?” e “vê lá a arma que tenho aqui no bolso do meio”, pelo que passei o resto da noite na esquadra.
No dia seguinte, tentei novamente a minha sorte e lá consegui entrar finalmente no pavilhão. Ao penetrar (não há termo mais adequado) no Salão, finalmente percebi a razão de viver. Toda a minha vida, todos estes 19 anos, não eram senão uma mera preparação para aquilo que os meus olhos estavam prestes a contemplar. Logo à minha esquerda, encaro um palco com uma stripper a brincar consigo própria, enquanto um convidado mal-disfarçado do público estava em palco a ser seduzido pela mesma profissional de danças eróticas. Dando as boas-vindas à minha primeira erecção da noite, prossegui a minha visita naquela que, pensava eu, seria a noite da minha vida.
Não demorei muito a descobrir que, afinal, o Salão Erótico não é mais do que cerca de 8 palcos que cercam um pavilhão com sex shops no meio. Sentindo os primeiros sinais de desilusão, contava os segundos para que chegassem as 22:00 horas dessa noite, hora essa em que, anunciava o cartaz, haveria uma sessão de sexo ao vivo. No entanto, chegando a “hora-H”, nada se passa e decido ir afogar as minhas mágoas assistindo ao 15º strip-tease da noite, onde pude avaliar uma bomba loira de trajes reduzidos que chegou a cruzar o olhar comigo, o que me fez sentir aquilo que me pareceu ser uma pequena ejaculação.
Durante o resto da noite fui visitando as mais variadas sex-shops que se espalhavam pelo pavilhão, descobrindo artefactos que não fazia a mais pequena ideia existirem (penso que a maior parte dos artefactos a que tive acesso naquela noite foram desenvolvidos pelos Astecas, entre o século XIV ao XVI). A colecção de filmes que tive o prazer de admirar era bastante simpática e incluía os mais variados títulos desde “Aventuras com um Rott-Weiller” a “Na quinta com a Jessicah”, tudo, obviamente, títulos traduzidos.

Não faltava espaço, também, para a literatura, naquele que, a meu ver, foi o mais completo espaço de aculturação que alguma vez frequentei. De tempos a tempos lá via eu um ou outro jornal sexual exposto nas bancadas espalhadas pelo Salão. Tendo, também eles, grandes títulos como referência, o jornal Sexus, de publicação semanal (segundo consta na primeira página) chamou-me particularmente a atenção. Na edição que adquiri, o nº 1066 que saiu quarta-feira, 8 de Outubro de 2008, podia-se ver uma jovem de peitos ambiciosos a espreitarem pelo seu generoso decote. Após uma breve leitura do primeiro artigo, passei desde logo a ver o meu vocabulário sexual a aumentar consideravelmente. O referente artigo contava uma aventura sexual dum jovem que, conta ele, tinha bastante medo de efectuar relações sexuais devido às doenças sexualmente transmissíveis. Como é lógico, não irei analisar pormenorizadamente o conteúdo do artigo aqui neste pudico blog, no entanto, posso partilhar com o leitor algumas passagens que me permitiram abastar as minhas expressões sexuais:A história desenrola-se nas imediações duma cidade universitária, à noite, quando o nosso jovem de 23 anos encontra um casal de namorados a praticar o amor. Esta imagem provocou-lhe um enchimento nas calças, transcrevo, “O caso é que quem se alegrou foi o meu pássaro, quando vi um casal de namorados a mandar uma trancada de pé…”. (Pensando eu que a expressão “trancada” estava fora de moda, admito que esbocei um sorriso ao ver que afinal a expressão é ainda utilizada na mais prodigiosa literatura). Continuando, o jovem, ao ver o casal a executar pecaminosamente o acto sexual, decide por bem também ele se divertir, masturbando-se: “…e então decidi afastar-me para trás de umas árvores e começar a “falar sozinho”, ou seja, a fazer mais uma das minhas roscas”. (Aqui está uma expressão que desconhecia totalmente. “Fazer uma rosca”. Prodigioso!). Prosseguindo a história, é então que, a meio do acto de se masturbar, o jovem é confrontado por duas mulheres, o que lhe provocou uma irritação explícita, transcrevo, “Porra! E eu com o nabo na mão, todo palpitante, frustrado por não ter chegado ao fim.”. No entanto, as nossas duas amigas não estavam ali para repreender o nosso jovem, mas sim para ajudá-lo na sua árdua tarefa. E é aqui que, no texto original, surge novamente a palavra “rosca”, numa das frases da interlocutora: “Vamos brincar um bocado, para que isso que tens na mão não amoleça. Conseguiste pôr-me quente com essa rosca, amigo!”. (Neste momento somos capazes de detectar o primeiro traço da personalidade da nossa jovem: a fácil sociabilização. Ainda agora encontrou o jovem de “nabo na mão” e já lhe chama amigo. Isto é de dar valor, fossem todas as mulheres assim!). Passando mais à frente, para ser breve, a jovem que se aproximou do nosso amigo, transcrevo “…sentou-se comigo no chão e agarrou-me na tranca.” Mais à frente, detectamos finalmente o bom humor que também caracteriza a nossa protagonista, quando ela exclama: “Vem, despacha-te, que não está muito tempo para ficar com o rabo ao léu!”
Sendo o restante conteúdo do artigo demasiado pormenorizado, creio não estar em condições para desenvolver mais esta postagem, deixando o resto da história à vossa imaginação. Tudo o que posso revelar é que o nosso amigo teve dificuldades que deixaram a nossa protagonista bastante irritada.

Depois de ler este primeiro artigo do jornal, dei por encerrada a minha visita ao Salão Erótico, visto que é bastante repetitivo: Vários palcos onde, de vez em quando, lá há um strip-tease feminino, outro masculino, e pouco passa disso. Profundamente desiludido por nem ter encontrado vestígios da minha idolatrada Sylvia Saint, abandonei o IV Salão Erótico de Lisboa.

Mais tarde, em casa, fiz umas quantas roscas…mas isso não interessa a ninguém, desculpem.


AGRADECIMENTOS: Antes de passar aos agradecimentos, deixo aqui a informação de que todas as passagens referentes ao jornal Sexus são verdadeiras, bem como muitas passagens do texto. Hoje devo agradecer particularmente ao jornal Sexus por me ter facultado o belo exemplar que ainda hoje guardo com carinho debaixo da minha almofada e ao qual ainda dou um beijo de boa noite antes de me deitar. Obrigado também aos leitores que chegaram ao fim desta que foi, possivelmente, das postagem mais longas que já publiquei! Cumprimentos aos pais.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Um novo rosto na literatura lusitana - Carlos Nobre, Pacman


Boas! Caríssimos fãs ou conjecturados visitantes deste imponente blog, hoje, para vossa calculável insatisfação, não vos trago uma postagem mas sim uma pequena história que se sucedeu ontem neste blog e que muitos de vocês (se não todos) ficaram aparte.



Ontem, dia 16/11/2008, o gerente/director/presidente/responsável/escritor deste blog (que por acaso sou eu) editei uma postagem neste mesmo blog que satirizava um dos vocalistas dos da Weasel, Pacman. A referida postagem, como é habitual, não tinha como objectivo ofender nenhum dos apreciadores da música da banda em questão, muito menos o seu vocalista.
O que se passou foi que, pelos vistos, a postagem chegou aos olhos dos elementos do fórum oficial dos da Weasel que teceram duras críticas sobre o texto que eu escrevi. Para complicar um pouco mais a minha pequena história de intrigas, um dos moderadores do fórum, André (conhecido também por p.l.u.r.) entrou em contacto comigo via Messenger a demonstrar os argumentos pelos quais aquele meu texto estava a passar os limites dos aceitáveis. Compreendendo o seu ponto de vista e querendo evitar conflitos com mais indivíduos, fiz questão de retirar a postagem do blog, bem como de fazer um pedido de desculpas público no fórum da banda.
Hoje, dia 17/11/2008, reflecti sobre o sucedido e cheguei à conclusão que acabei por fazer o mais acertado. No entanto, penso também que os nossos antepassados lutaram por hoje termos o direito inegável da liberdade de expressão, e que, por este blog ter como último objectivo ofender terceiros, os leitores dos textos deste blog deverão conter uma mente aberta e poder de encaixe de piadas que, muitas vezes, são escritas contra a verdadeira opinião do autor.
Por estas razões, decidi que hoje deveria voltar a colocar o texto à disposição daqueles que realmente têm poder de encaixe de piadas que possam ser lançadas a pessoas que idolatram, ou mesmo àqueles que se dirigem a este blog para lerem a opinião de uma pessoa que verdadeiramente nada percebe daquilo que escreve. Para essas pessoas, e só para essas, o texto (com algumas modificações oportunas) está disponível abaixo. Agradeço os comentários que alguns dos visitantes teçam em relação ao texto, mas devo deixar o aviso de que comentários de pessoas com pensamentos promíscuos que optem por deixarem críticas de conteúdo ofensivo serão eliminados. Obrigado pela atenção.


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Boas! Estimáveis fãs ou afáveis visitantes do meu cabotino blog, hoje falar-vos-ei dum tema que me foi chamado a atenção recentemente por uma pessoa que preferiu recorrer ao anonimato, e que, como é habitual neste tipo de casos, não pude deixar de escrever sobre o ocorrido. Para quem se interessa por coisas profundamente monótonas e insípidas, por favor, prossiga a leitura.

Carlos Nobre Neves, mais conhecido por Pacman, lançou recentemente um livro (a aproximadamente um mês) que é uma compilação das suas crónicas na revista do Correio da manhã. Uma espécie do que o Ricardo Araújo Pereira já fizera há algum tempo atrás com as suas crónicas na revista Visão. Mas então…o que trará de novo este rosto que se estreia na literatura portuguesa com o livro “Um outro amor: diário duma vida singular”? Muito! Para quem já leu as crónicas do indivíduo em causa na revista do Correio da manhã, saberá tão bem como eu que as suas crónicas são uma bela leitura de casa de banho e que dão um jeitão quando demoramos um pouco mais a fazermos as nossas necessidades, assim como quem já ouviu um CD dos da Weasel, banda a que tal personalidade pertence, saberá com certeza que o senhor é um verdadeiro prodígio a inventar palavras novas.
Para além desta sua primeira grande obra, que se juntará, certamente, aos grandes nomes da literatura contemporânea portuguesa como Gonçalo Amaral ou até mesmo Carolina Salbgado, Pacman tem já planeado, lá para o final do ano, o lançamento da sua primeira colecção de sonetos intitulada “Eu, como sou”. Para os mais curiosos, tenho em minha posse um dos muitos sonetos que o leitor poderá desfrutar com a compra deste volume:
Chovia lá fora, por Pacman:

Chovia lá fora,
E eu penso para mim:
Que belo som faz a chuva,
Plim-plim-plim…

Oiço o vento a soprar
Tipo uma cena bué má
Enquanto escrevo uma música
Com um uuhh-uhhh, yá-yá!

Leio a tua carta
E sinto-me apaixonado
Por cada palavra que escreves
Fico mais “acampangado”!

Os meus manos estão cá dentro
Bem juntinhos, ai tão bom!
Gosto muito de tocar tambor
E fazer Pom-pom-pom.


(AVISO: Este blog possui informação altamente falaciosa e muito raramente possui qualquer tipo de verdade. Apesar dos versos acima terem um potencial tremendo para bater qualquer Luis de Camões, foram escritos não por Pacman mas por mim. Assim como também é falso que o Pacman lançará um livro de sonetos…pelo menos que seja do meu conhecimento…)

Como podemos verificar após uma breve leitura deste belo soneto, a colecção de sonetos de pacman será, resumidamente, um ajuntamento de características que definem as letras musicais dos da Weasel: letras sem sentido, invenção de palavras e um vocabulário rico em onomatopeias.
Para finalizar esta postagem, gostaria apenas de advertir o leitor de que eu não sou contra a existência dos da Weasel pois até costumava gostar da banda na sua essência, e também não tenho nada contra o seu lead-singer. Apenas custa-me a perceber como é que uma pessoa que critica quem ganha a vida a falar da vida dos outros, acaba por editar um livro em que faz, precisamente, aquilo que afirma abominar. (Sim, é verdade que ele fala bastante do Benfica, e de música, entre outros temas, mas acaba por fazer criticas a determinadas personalidades).



AGRADECIMENTOS: Hoje tenho simplesmente a agradecer aos da Weasel por actualmente fazerem músicas tão complexas que me facilitam a vida para quando preciso de arranjar “batidas” para fazer letras a gozar, como as que contemplarão futuramente neste blog. Na verdade, as músicas da banda são simplesmente uma gigantesca repetição de “loops” que se estende por mais de três minutos de música. Um prodígio!
Sei que seguramente me criticarão por eu estar a fazer pouco duma das bandas mais comerciais portuguesas, mas acreditem, gosto tanto de da Weasel como muitos dos leitores, no entanto, tenho olhos para ver aquilo em que se tornaram. E como diz o outro, o pior cego é aquele que não quer ver! Cumprimentos aos pais.
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AGRADECIMENTOS: No presente dia desejo agradecer ao André (p.l.u.r.) por me ter chamado a atenção ao nível a que me estava a meter ao escrever tais barbaridades sobre o seu idolatrado Pacman, e também, já agora, à frequentadora deste blog, Maria Ana, pela correcção que me apresentou no seu comentário. Muito obrigado! Cumrpimentos aos pais.

domingo, novembro 09, 2008

O canal benfica


Boas! Afáveis fãs ou simplesmente visitantes do meu faustoso blog, hoje, nesta postagem, fugirei um pouco à minha secreta promessa de nunca escrever sobre futebol neste digno pedaço de poço de cultura que é o meu blog. No entanto, fica aqui a minha palavra de que jamais se discutirá futebol neste blog enquanto eu for o director-executivo do mesmo. Feitas as advertências, aqui está a postagem de hoje.



Recentemente, a televisão portuguesa foi alvo de um dos maiores golpes na história do nosso país. Não me refiro à 79ª série dos morangos com açúcar nem à nova novela da TVI onde podemos vislumbrar a Rita Pereira montada num cavalo. Não. Refiro-me sim ao novo canal que foi estreado neste mês de Outubro, o aclamado Canal Benfica!
Bem sei que nunca referi futebol nas minhas postagens, mas, visto o impacto deste acontecimento à escala mundial, não posso deixar de exaltar os fundadores do Canal Benfica publicamente.


Em primeiro lugar, a pessoa ou pessoas que tiveram a ideia de inaugurar este canal tiveram um primoroso sentido de oportunidade, visto que não ficaram indiferentes ao escandaloso abandono da Sic Comédia da grelha de canais da TV cabo, e, por isso, decidiram criar um outro canal que o pudesse substituir com o mesmo nível de humor: o Canal Benfica!


Em segundo lugar, gostaria de congratular o grande cérebro por detrás de toda esta ideia visto que, a partir de hoje, os adeptos benfiquistas poderão deixar de assistir aos jogos do seu clube na liga dos campeões no Canal História, mas sim no seu novo Canal Benfica! Já era tempo de alguém ponderar sobre este assunto…


E, por último, soube hoje através de um noticiário bastante credível que a primeira emissão do Canal Benfica teve um conteúdo bastante científico, o que a mim me fez olhar para este clube com outros olhos. Soube que a primeira emissão deste canal referiu-se a um projecto científico que se estreou recentemente no CERN (na Suíça) e que é, nada mais, nada menos, do que um acelerador de partículas. Este acelerador de partículas, vi eu no documentário apresentado pelo Canal Benfica, permitirá aos cientistas criar em laboratório uma imitação dos primeiros segundos da criação do universo, há milhões e milhões de anos, vendo assim o nascimento dos primeiros planetas, das estrelas, das galáxias e do Rui Costa.


Para finalizar esta postagem, gostaria de informar o estimado leitor de que, visto que agora qualquer fulano, ou empresa, ou clube, ou associação pode ter um canal na TV Cabo, o Hugo’s Point estreará em breve não um canal, mas sim um programa de conteúdo didáctico-informativo de seu nome Bastante Irritante, que se encontra já em gravações. Pensámos também em fazer uma novela em vez de um programa vulgar, mas, visto que nem a Alexandra Lencastre nem o Paulo Pires se demonstraram disponíveis para participar, julgámos não fazer sentido arriscar fazê-la.





AGRADECIMENTOS: Desta feita gostaria de congratular o próximo presidente dos Estados Unidos da América, o meu compincha Barack, pela sua imponente vitória na luta por um lugar na Casa Branca. Sendo eu um velho amigo e confidente do Barack, ele já me informou das primeiras acções que tomará como presidente dos E.U.A. : Serão instalados néones à volta da Casa Branca, bem como um poderoso sistema de colunas de som e subwoofers. Assim sim, tenho orgulho em ser norte-americano! Cumprimentos aos pais.