sexta-feira, maio 08, 2009

(i)legalidades


Boas! Assombrosos fãs ou hediondos visitantes deste extravagante blog, sejam muito bem-vindos a mais uma postagem do ser possuidor da monocelha vencedora do concurso de Miss Monocelha por três anos consecutivos. Vamos lá para a galhofa!

Eu gosto muito de folia. Adoro folia! Principalmente quando se trata de folia da boa. Quando se trata de folia da má, nada feito, mas se se fala de folia da boa, lá está o Hugo para desfrutar dessa folia.
Bom, o assunto que me traz hoje a mais uma postagem é bastante intrigante. (Tive mais de dois minutos a reflectir num adjectivo para utilizar). Como sou uma pessoa extremamente vivida, experiente e madura, como já atravessei muito deste longo caminho a que chamam vida e como trato o meu umbigo por “tu”, já presenciei certas e determinadas situações (expressão bastante usual, esta) que me levaram a ter esta opinião: As pessoas, maioritariamente os jovens, mas não só, têm um interesse alucinante (a última vez que li esta palavra estava num pacote de Golden Grahams, relembro: um sabor alucinaaaaante! Não recomendado a adultos. Já agora, desculpem-me pelos parênteses) …vou voltar onde estava: As pessoas, maioritariamente os jovens, mas não só, têm um interesse alucinante por praticar acções do forro ilegal. Sejam elas o vandalismo, nem que seja pintar rebeldemente a sua mesa na escola, o roubar nem que seja um cotão de pó da prateleira do supermercado, o fumar nem que seja uma pêlo púbico, seja o que for. As pessoas gostam de fazer coisas ilegais, ponto final. E tudo o que é legal, obrigatório, ou dever, é altamente impugnável. Tudo começa quando somos pequenos e temos o dever de comer a sopa. “Sopa? Saudável? Faz bem??! Não me parece querida mãe, lamento muito mas a mim apetece-me mais um chocolate kinder, ou algo do género, para me dar energia! Energia para morder esses mamilos de menina mal comportada enquanto mamo!”
Depois passamos para a fase em que temos a “obrigação” de ir à escola. Obrigação entre aspas porque é uma responsabilidade e não tanto uma obrigação. “Ir à escola? Aprender coisas novas? Preparar o futuro??! Não me parece, querido professor, vou-me mas é baldar para ir fumar umas ganzas que o Rui Dente-Furado me arranjou.”
Mais tarde, quando devemos procurar uma profissão que nos ajude a sermos maduros, responsáveis, honestos e sinceros…vamos para a política! Ora que antagonismo é este, hein?! Estou a brincar, não me apetece fazer piadas políticas.
Mas é verdade ou não é, leitor? É sim senhor, Hugo!
No entanto, eu, como não sou como aqueles senhores que apontam as criticas mas não apresentam soluções, passo desde já a expor as minhas soluções para terminar com o problema da droga, por exemplo. Só este, os outros deixo para quando me quiser candidatar.
Como é que acabamos com a droga? Fácil.
Ponto 1. Extinguir o ensino público, privado, tudo! Abolir todo o tipo de ensino, fechar escolas, universidades, mandar tudo abaixo, queimar livros, não deixar um único exemplar vivo, nem sequer a tabuada do ratinho, tudo para a fogueira! Depois há que criar uma nova lei a proibir todo e qualquer tipo de ensino, não se pode ensinar nada didáctico e punir aqueles que queiram aprender!
Ponto 2. Quanto à droga? Legalizá-la. Mais que isso: Tornar o seu consumo obrigatório. Mais que isso: Em quantidades industriais! Criarem-se estabelecimentos onde os jovens tenham de ir todos os dias até aos seus 20 anos fumar. Uma espécie de escola, mas em vez de se estudar, droga-se. (droga-se assemelha-se a um palavrão, fantástico. Droga-sssseeee! Desculpem.)
O que aparentam ser, à partida, medidas inclassificavelmente (esta palavra não é aceite pelo Word) estúpidas, são, de facto, estúpidas. Mas o que eu penso que aconteceria caso estes pontos fossem seguidos, seria uma diminuição do consumo, por ser obrigatório e pela nossa aversão a coisas obrigatórias, e uma diminuição da taxa de analfabetos. Assim, futuramente poderíamos presenciar diálogos do género:
Rapaz 1: Epá man, que seca, está a dar o toque para a aula de fumamento de ganza.
Rapaz 2: Quem me dera, vou ter duas horas seguidas de inalação de cocaína.
Rapaz 3: Que seca, bora baldar-nos?
Rapaz 1: Oh por mim, mas vamos fazer o quê?
Rapaz 3: O Rui Dente-Furado arranjou-me dois cantos dos Lusíadas para a gente ler, podemos ir para trás do pavilhão.
Rapaz 2: Que cena marada! Achas, não dá, da última vez que li Camões fiquei com alte estala, cheguei a um ponto que já nem percebia o que o cota escrevia.
Rapaz 3: Vocês são uns cortes, já li Os Maias todos em três dias!
Polícia: Ai sim? E gostou da obra?
Rapaz 3: Ah, senhor agente da autoridade, foi só para experimentar, nem sequer gostei do final…
Polícia: Rapazola, vais ter de passar o dia na esquadra…
Rapaz 3: Mas senhor polícia, a minha mãe mata-me!
Polícia: Tudo bem miúdo, arranja-me dois capítulos do Memorial do Convento que eu esqueço tudo.

Juro que acho que isto era possível acontecer. Vamos lá deixarmo-nos de politiquices e passemos a ter um pensamento mais prático. Votem em quem acredita! Votem Hugo!


AGRADECIMENTOS: Hoje não quero agradecer a ninguém em particular, quero apenas fazer um pequeno teste: Se eu escrever, no mesmo texto: Atack, Pentagon, Bomb, Obama, Kill e Kaboom, será que o meu blog terá uma visita dos serviços secretos norte-americanos? Fantástico, senhores, é um privilégio ter-vos no meu blog! Cumprimentos aos pais.

2 comentários:

Baiuca disse...

Como é possível ninguém comentar isto? É genial!!!

Anónimo disse...

es o maior.sou tua fã