(fim do primeiro capítulo):
O “POF” foi tudo o que se ouviu...Cláudio tinha acabado de mandar um daqueles peidinhos que só ele sabia mandar...o que fez com que toda a sala ficasse inconsciente. Quando todos acordaram já estava Hugo em cima de Tânia a cavalgá-la com o chapéu enfiado na cabeça a imitar os cowboys. Depois de reposta a ordem, o chapéu (pela magnífica queca que Hugo acabara de dar com Tânia) escolheu-a para os Grynpeidas juntamente com Hugo e Cláudio.

Capítulo II

No dia seguinte, os três amigos (Hugo, Cláudio e Tânia) tiveram as suas primeiras aulas. Era agora hora da aula de Geografia dos feiticeiros e mal chegaram começaram a ouvir gritos e berros histéricos. Por um momento pensaram que fosse Vera (uma colega da sua nova turma), mas aperceberam-se que os berros não tinham um sotaque nortenho. Quanto mais se aproximavam da aula mais os berros aumentavam de volume:
- Esta é a primeira e última vez que vos digo: Estejam calaaadooos!!
Os amigos entraram na sala de aula e a stôra logo gritou enquanto gesticulava freneticamente com os braços:
- MENINOS! Vamos sentar! Já vos disse para ESTAREM CALA... Pelas barbas do aluno...é o Hugo Pinto! – interrompeu-se mal Hugo entrou na aula - ...e o estúpido do seu amigo, Cláudio...Eu sou a professora Maria Santos, prazer!
Depois de muitos gritos e gesticulações, a campainha para a saída tocou e a stôra disse:
- BEM, vamos lá para a aula de domínio de Vassouras...não queiram chegar atrasados! Tu, Hugo, fica aqui!
Hugo espantou-se com esta atitude, mas ficou. É então que a professora virou-se cara a cara para Hugo e começou a falar:
- Sabes Hugo...tu és uma lenda...desde que sobreviveste ao maldito...aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado...
- Quem? – pergunta Hugo retoricamente com ar rebelde – O Lucas?
- NÃO! NÃO O PRONUNCIES!
- O quê? Não gosta que diga LUCAS?
- Aiii!!! Nããããoooo...
- LUCAS!
- NÃO!
- LUCAS!
- Pára por favor...estou a sofrer...
- Ok, já não digo mais LUCAS!
A professora de Geografia ficou inconsciente e Hugo prosseguiu para a aula de vassouras. Quando chegou lá, o stôr já estava a marcar as faltas. Hugo apenas vira o stôr de costas...era um stôr musculado, possante e tinha a voz grossa. É então que quando o stôr se vira para chamar o nome de Hugo para marcar falta, Hugo apercebe-se que o stôr afinal era uma stôra...
- HUGO!
- Presente! – grita Hugo excitadíssimo pela sua primeira aulas de domínio de vassouras.
- Muito bem, estão cá todos...O meu nome é Ana Maxona e para além de professora de domínio de vassouras também sou a directora escolar. Se tiverem alguma dúvida durante o período escolar podem-me encontrar na Sala de coçamento testicular. Vamos lá passar então à nossa aula...vão então buscar as vossas vassouras!
- Mas professora - diz uma marrona da turma – mas não nos mandaram comprar vassouras...
- Ai não? M**** para esta escola, f*****! Vão então buscar uma banana cada um.
E lá foram eles buscar as bananinhas ao refeitório. Hugo e Cláudio estavam particularmente entusiasmados com esta tarefa...e todos sabemos porquê. Quando regressaram à aula...
- Hugo e Cláudio, estão atrasados...posso saber a razão da demora, c******?!
- Ahh...stôra... – desculpa-se Cláudio - ...é que eu a caminho do refeitório tropecei sem querer e comecei a rebolar, a rebolar, a rebolar...e não conseguia parar...
- Sim, sim, está bem... – apressa-se Ana – vá, façam o feitiço Bananus Ipotecum para transormar as bananas em vassouras! Pronto...agora vou-vos ensinar a manejar uma vassoura, é assim: Pegam no cimo do cabo da vassoura com uma mão, e com a outra pegam mais ou menos a meio. Põem essa espécie de palha virada para o chão...e agora é só varrer! Fácil não é?
Quando a professora abriu os olhos depois de falar, já nenhum aluno lá estava, à excepção de Cláudio que tentava a todo o custo fazer a vassoura voar.
No fim da aula, Hugo, Cláudio e Tânia tinham decidido ir ter à barraca de Sérgio ao pé da floresta negra, fazer-lhe uma visita. Quando lá chegaram, Sérgio estava com uma panela ao lume a chocar um ovo. Perguntaram a Sérgio o que era aquele ovo, mas ele também não sabia...dizia que era um ovo das surpresas. O ovo começou a rachar e saiu de lá...UM ROLO DE PAPEL-HIGIÉNICO COR-DE-ROSA!!!!
- O que é isso, Sérgio? – pergunta Hugo.
- Papel higiénico da melhor qualidade! Tem duas camadas , é suave ao toque e não se desfaz no cu!
- Mas Sérgio – diz Cláudio – tu sabes que hoje em dia isso é tanto ou mais ilegal que a droga.
- QUEM É QUE FALOU EM DROGA? – pergunta Tânia aos berros.
- Nada, esquece... – acalma-a Hugo.
- Mas vocês não vão dizer nada à direc...
Antes que Sérgio acabasse a frase, ouviu-se um barulho na porta. Foram abrir a porta mas não estava lá ninguém, olharam pela janela e viram o David.
- Bolas! Corujas me mordam! – disse Hugo – de certeza que vai fazer queixas à directora!
Dito e feito! 10 minutos depois já estavam os quatro (Hugo, Cláudio, Tânia e David) no gabinete da directora.
- Vocês não podem andar levantados a estas horas da noite! Estão os quatro de castigo!
- Mas... – disse David– mas eu...eu...
- CALA-TE C******! Tu também estavas em pé! Como castigo vão todos com o Sérgio à floresta negra!
Os quatro cretinos só tiveram tempo de ir à barraca de Sérgio buscar o seu animal de estimação. Um camaleão chamado Bruce. Mal chegados à floresta negra, David já estava a saltitar e a cantarolar enquanto Tânia se agarrava com medo ao rabo possante de Hugo (vamos fingir que ele tem...) e Cláudio conversava com Sérgio:
- O que vamos fazer, Sérgio?
- Temos que investigar um caso misterioso...
- Então?
- Parece que ultimamente a floresta está repleta de bostas esverdeadas e fedorentas...
- ...
- Acontece o tempo inteiro, - explica Sérgio – pode ser que os rinocerontes encantados que habitam nesta floresta estejam mal da barriga, mas isso das bostas é mau...
- Então porquê? – pergunta Hugo ansioso.
- Queres mesmo saber?
- SIM!
- Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado alimenta-se dessas bostas para conseguir reunir forças suficientes para voltar a ter um corpo que consiga fazer parcoor.
- Ena pá! – diz Hugo surpreendido – Então o que fazemos agora?
- Vá, vamo-nos dividir em grupos – disse Sérgio – Eu, o Cláudio, a Tânia e o David vamos para a minha barraca tentar...tentar...hhmmm...tentar...tentar arranjar um plano! E tu, Hugo, ficas aqui à procura de-quem-nós-sabemos.
E lá foram eles todos para a barraca de Sérgio, deixando Hugo sozinho e solitátio...e todos nós sabemos o que Hugo faz quando está sozinho e solitário não é verdade? Bem, após fazer aquilo que nós sabemos, começou a andar, andar, andar, andar, andar, andar, andar, sem encontrar nada! Então continuou a andar, andar, a andar, e foi então que viu uma coisa lá ao fundo. Hugo aproximou-se e viu um vulto humano, o vulto começou-se a correr e a chiar na direcção de Hugo, e este apenas teve tempo para se agarrar às calças (que lhe caiam pela falta de rabo) e começou a correr e a gritar:
- Pela Nossa Senhora da Agrália! Acudam-me!!
Foi então que a sua sobrancelha começou-lhe a arder mais que nunca e Hugo caiu agarrado à testa. O vulto começou a aproximar-se e Hugo viu a sua vida a passar-lhe à frente dos olhos...o seu irmão gay, os seus pais, as noites de sexo selvagem a três com Cláudio e Tânia,...aqueles eram os velhos tempos, mas de repente, apareceu outro vulto e quando Hugo esfregou os olhos para ver o que tinha acontecido, apareceu um javali com cabeça de humano que mordeu o outro vulto que logo se afastou.
- Olá! – disse o javali – eu sou o Pumba!
E depois apareceu um soricata a dizer:
- E eu sou o Timon!
E ambos começaram a cantar:
- Hakuna Matata, é tão fácil dizer...
- Oh! Vocês não me vão salvar?
- Ah, pois é, tens razão!
E num ápice, o javali deu um coice ao vulto de Lucas (Hugo já se tinha apercebido de que aquele outro vulto que lhe fizera doer a sobrancelha era o vulto de Lucas) e este desapareceu a correr.
- Então obrigado! – agradece Hugo – querem vir comigo?
- Não, temos eu ir para outra história...
Os amigos despediram-se e Hugo voltou à barraca onde foi buscar os seus outros amigos (não incluindo David) e foram para o castelo.


FIM DO CAPÍTULO II