Boas! Madrugadores visitantes e caros colegas, hoje em honra a uma tal de Catarina Brandão, trago-vos uma história passada uma vez mais em Harare. Um história que tem passado de pais para filhos, uma história inteiramente verídica e sinistra. A história que vos trago hoje chama-se “A TEMÍVEL MORCEGA”.


Não passava de apenas mais uma das muitas tardes cinzentas de Verão em Harare. Mas este local estava prestes a tornar-se o espaço de uma das histórias mais fascinantes e sinistras da história desta cidade.
Estamos em 1998 e tudo parece calmo nesta cidade com tanta criminalidade...calmo demais, até. É então que no meio das sombras surge o pior dos nossos pesadelos, aquilo que receamos quando estamos a dormir, a razão pela qual não conseguimos cerrar os olhos para adormecer. Do meio das sombras surge a temível vilã Morcega Batemuma!
- Onde estão aqueles super-heróis destemidos de que tanto falam nesta triste cidade? – pergunta-se Morcega.
É então que nos céus vêem-se rasgos por entre as nuvens e a população de Harare, já com receio que Morcega fizesse alguma coisa, espera impacientemente que sejam os seus heróis para os salvarem.
- É um avião?
- É um pássaro?
- É uma batata frita megazorde com poderes intergalácticos?
- Não! É a nossa salvação: O capitão Hugo SalsichaSempreempé! Mas...CUIDADO ELE VEM COM O SEU AMIGO CLÁUDIO, ELE NÃO SABE VOAR, ELE É GORDO DEMAIS, ELE VAI CAIR EM CIMA DE NÓS...FUJAAAAAMMMM!!!!
É então que caindo do céu que nem meteorito gaseificado surge Cláudio Rabobom, o companheiro de Hugo!
- O que se passa caros cidadãos? – pergunta Hugo com a sua voz melodiosa após ter aterrado na perfeição em cima da barriga de Cláudio que estava esparrachado no chão devido à queda.
- Hugo – diz uma mulher aos berros toda stressada – é a Morcega! Ela voltou para nos roubar os vibradores!!! Os homens aqui morrem cedo demais para nos poderem dar prazer sexual, os vibradores são a nossa única salvação! Não deixes que ela nos roube! Por favor!
- Cláudio! – interpela Hugo, levantando o pesado corpo de Cláudio do chão – que é que fazemos? Ela é forte demais para nós...
Morcega não deixara Hugo acabar a sua frase, ela atirou-se à sua barriga de abdominais firmes e começara a pontapeá-la. Hugo estava a perder as suas forças, mas é forte demais para desistir.
- Cláudio...ajuda-me! – grita Hugo com as suas últimas forças.
- Hey, espera aí, ‘tou só a acabar o meu donut...
Hugo não conseguia resistir mais, Hugo estava a perder todas as forças dos seus músculos mega definidos, Hugo estava prestes a desistir. Até que Hugo lembra-se dos seus dois filhos que deixara em casa, da sua mulher que os teria de sustentar sozinha caso ele morresse, do seu patinho de borracha que nunca mais tomaria banho com ele... É então que num último suspiro, Hugo ergue-se e coloca-se frente a frente a Morcega. Em 20 anos como narrador de histórias eu nunca vi nada assim, nunca vi nenhum super-herói com a ira com que Hugo estava. Hugo cospe para o chão e com um olhar carregado de ódio exclama:
- Foda*** aleijaste-me ó bruta!
Morcega não aguenta mais este clima de violência e retira-se a sete pés.
- Anda Hugo – diz Cláudio ainda limpando as beiças à manga da t-shirt – vamos para a nossa base ultra-secreta, pareces-me mal.
- Não, eu estou bem...telefona para os nossos companheiros, precisamos de reforços para combater esta vilã e eu preciso de recarregar energias por isso telefona também para a nossa enfermeira mega bombástica, Tânia!
5 minutos depois do telefonema de Cláudio surgem por tele-transporte os seus companheiros. Sérgio, o macaco de Kung fu cujo poder era ser tão pequeno que podia passar por baixo das pernas dos vilões e depois dar-lhes por trás. Ana, a mulher musculada cujo poder não tem nada a ver com os músculos mas sim com o facto de pedir tantas vezes desculpa por tudo e por nada que irrita qualquer um levando-o ao suicídio. E por último, a super enfermeira sexy particular de Hugo cujo poder era ser tão provocante que Hugo recuperava energias num ápice. Depois de Hugo tocar-se enquanto olhava para as megas pernas da enfermeira, estava na altura de procurar o esconderijo da vilã Morcega!
Horas passaram sem nenhuma ideia por onde começar a procurar esta cruel vilã. Cláudio entretia-se a contar os bolinhos que podia comer até ao jantar, Sérgio media-se a ver se tinha crescido alguns centímetros, Ana maxona coçava os tomates e Hugo e Tânia praticavam o seu anal (desculpa se esta foi muito forte).
- Já sei! – exclamou Cláudio com a boca cheia – e que tal se a fossemos procurar na sua casa?
- Mas ela tem casa? – perguntou Hugo sensualmente enquanto tirava o preservativo.
- Sim, já lá fui umas quantas vezes entregar-lhe os bolinhos feitos pela minha avó!
- E porque é que não disseste nada antes? - interroga Ana preparando-se para encher Cláudio de porrada.
- Como é que queriam que vos avisasse se eu estava a comer?
Os nossos heróis viajaram durante horas até casa da Morcega, mas durante o caminho encontraram um desafio para passar. O Pequeno Fábio! Que era o porteiro da ponte pela qual os nosso heróis queriam passar.
- Se querem passar, têm de lutar! – apresenta-se Pequeno Fábio.
- Mas nós estamos com pressa – apressa Ana.
- Se ao Castelo da Morcega querem chegar, por mim terão de passar!
- Mas tu falas em rima? – perguntou Hugo astutamente.
- Em rima eu falo, e enquanto não lutarem não me calo.
- Ai é? Ai é? – responde Cláudio infantilmente – Então rima lá com isto: O Hugo é sexy e elegante...
- E tem uma pila buéda grande!
- Ahhh não rima!
- Não rima mas é verdade – interrompe Hugo – Agora deixa-nos passar!
O Pequeno Fábio não resistiu à elegância de Hugo e deixou os nosso heróis atravessarem a sua ponte (obviamente que Pequeno Fábio não resistiu a dar uma palmadinha no rabinho extremamente em forma de Hugo enquanto este passava pela ponte).
No resto do caminho não houve grandes perigos, mas ao chegar ao castelo da Morcega, Sérgio sentiu um calafrio e disse:
- Ah...vão vocês...eu fico a vigiar a retaguarda...
- ‘Tás com medo? – pergunta Ana.
- Medo? Naah...é só porque alguém tem de ficar por aqui não é...não vá aparecer alguém...
Depois da mariquice de Sérgio, o resto dos nossos heróis atravessaram a típica porta a ranger, a típica música sinistra e as teias de aranha, e foram procurar o quarto da Morcega. Quando finalmente encontraram a porta do seu quarto, Ana mandou um biqueiro na porta e Cláudio envolvido pelo ambiente gritou:
- SWAT! Hands in the air!
Morcega viu-se assim forçada a largar o seu vibrador latex simulator de 3.000 rotações por minuto, mas enquanto Hugo se dirigia a ela para experimentar o seu brinquedo, a astuta Morcega agarrou no ponto fraco de Hugo, a sua formosa popa.
Hugo não demorou a desvanecer-se, mas foi no preciso momento em que Morcega se dirigia a Cláudio para acabar com ele que surge na porta Sérgio, o macaco de Kung Fu!
- Mas por onde é que entras-te? – pergunta Tânia enquanto reanimava Hugo com o seu caloroso corpo.
- Por debaixo da porta...para alguma coisa há-de servir o facto de eu ser pequeno!
Sérgio apressou-se a passar por debaixo das pernas da Morcega e quando se preparava para lhe dar por trás, Cláudio solta um gás que apagou todas as energias negativas que existiam naquele quarto. Quando toda a gente recuperou os sentidos (porque os gases de Cláudio são muito potentes), Morcega tinha-se tornado num ser humano completamente normal.
Depois de regressarem todos à base ultra secreta dos super-heróis, Morcega participou em treinos intensivos de masculinidade com Ana maxona, o que a faz ser hoje conhecida não por Morcega, mas sim por Batman. Cláudio abriu uma empresa panificadora e hoje é o pasteleiro mais ilustre de Harare (até porque é o único). Tânia tornou-se freira, dedicando-se ao estudo da bíblia e dos envangelhos de Jesus Cristo. Sérgio é hoje o campeão mundial de halterofilismo de anões em Harare. Já Hugo...bem...esse entreteve-se com os vibradores que sobraram do quarto de Morcega.



Agradecimentos: Desta vez quero agradecer a todos os personagens uma vez mais, e já agora fazer um agradecimento pessoal a Deus, porque tenho pecado por pensamento nos meus posts. Há que agradecer também aos meus pais porque se não fizessem o amor tão bem, não teria nascido um ser tão inigualável como eu (modéstia à parte)! Cumprimentos aos pais.